A Corações Com Coroa (CCC), uma associação sem fins lucrativos fundada em 2012, desenvolve um projeto de negócio social, o CCC Café, que foi obrigado a encerrar as suas portas ao público devido à pandemia da covid-19.
“O que fez com que as quatro colaboradoras, como aconteceu a muitos portugueses, fossem para casa, impossibilitadas de fazer teletrabalho, uma vez que é inviável neste modelo de negócio social”, refere a associação em comunicado.
De modo a apoiar o país, a associação avançou com o projeto CCC Café Colabora, que tem como objetivo ajudar hospitais da região de Lisboa.
“Perante a situação atual em que centenas de profissionais de saúde, auxiliares, responsáveis pela higiene e limpeza estão a trabalhar horas ininterruptas para fazer face às necessidades urgentes causadas pela covid-19, o CCC Café transforma-se (durante o período de tempo em que está impedido de permanecer aberto ao público) num serviço de oferta diária, que incluiu preparação, confeção e entrega, de segunda feira a domingo, de refeições especiais e cheias de carinho”, acrescenta o documento.
O projeto começou hoje no Hospital Curry Cabral e na próxima semana estende as entregas também ao Hospital Egas Moniz, com o jogador português, que alinha nos espanhóis do Bétis, a ser decisivo para a sua concretização.
“O jogador de futebol William Carvalho, solidário com a associação em iniciativas anteriores, foi imediatamente sensível à causa e será o financiador dos quatro postos de trabalho das colaboradoras do CCC Café durante três meses, apoio indispensável para a viabilização do projeto”, refere o comunicado, destacando também o papel da Missão Continente, que considera um parceiro fundamental.
Catarina Furtado, presidente da Associação Corações Com Coroa, explicou que existia preocupação com os postos de trabalho, explicando que um dos objetivos do projeto CCC Café é a criação de emprego social.
“Os nossos heróis precisam de cada um de nós e a CCC existe para tentar fazer a diferença. Iremos agradecer o seu trabalho através de alimentos que lhes forneçam energia e que sejam saudáveis porque também zelamos pela sua saúde. Precisamos uns dos outros: sociedade civil, empresas, comunidade científica, artistas, mecenas, associações. Esta crise veio provar que a solidariedade pode fazer pequenos milagres”, frisou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos e 16.934 casos de infeção confirmados. Dos infetados, 1.187 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.
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