“Já temos a experiência do passado e o segredo de como ganhámos o campeonato do mundo”, afirmou Madjer, acrescentando que o segredo “está só com os jogadores”, que sabem o que devem fazer para, pelo menos, estarem presentes na final.
A equipa das ‘quinas’, que esteve a estagiar em Quarteira antes de partir para as Bahamas, vai tentar renovar o título conquistado em Espinho, no último Mundial de futebol de praia.
O capitão da seleção portuguesa de futebol de praia, eleito em 2016, pelo segundo ano consecutivo, o melhor jogador do mundo, tem consciência de que este ano vai ser mais complicado, por serem os campeões do mundo e terem os holofotes todos sobre a equipa.
Na seleção nacional há metade da sua vida, Madjer, que fez em janeiro 40 anos, vê com bons os olhos a evolução da modalidade em Portugal e mostra-se satisfeito com o facto de ter ajudado a equipa a alcançar o nível de qualidade que hoje tem.
“[Sinto-me] Com a mesma energia, com a mesma vontade, com vontade de acompanhar os mais novos, mas, consoante os anos vão passando, temos que trabalhar mais fisicamente e é isso que temos vindo a fazer e também acho que a experiência conta muito”, referiu.
Para Portugal passar da fase de grupos terá que ultrapassar, primeiro, as seleções do Panamá (28 abril), Paraguai (30 abril) e Emirados Árabes Unidos (02 de maio), que integram o grupo C da competição.
Segundo o capitão português, tanto o Paraguai, que surpreendeu no Mundial do ano passado, como os Emirados Árabes Unidos, onde jogou durante seis anos, são seleções “bastante difíceis”, ao passo que o Panamá é uma equipa que lhes é relativamente desconhecida.
“Eu troco os meus títulos individuais pelos coletivos, não sei se este será o meu último ano ou não, mas pelo menos sermos campeões do mundo e da Europa outra vez seria fantástico”, referiu.
Segundo Madjer, o facto de cada vez haver mais seleções de futebol de praia, até em países onde não existe praia, como a Rússia ou a Suíça, tem elevado o nível de dificuldade das competições.
“É uma evolução ótima para o futebol de praia, porque cada vez temos jogos mais equilibrados e é bom para o espetador, mas acaba por tornar mais difícil o papel das seleções ditas candidatas”, sublinhou.
Tal como Madjer, Alan, de 41 anos, é outro dos mais antigos jogadores na seleção, e confessa que tem esperanças de que Portugal seja campeão novamente nas Bahamas.
“O mais complicado é sempre o que está para vir, não podemos escolher adversários, porque, para chegar à final e para ganhar, temos que ganhar todos”, referiu.
Há 19 anos na seleção portuguesa, o brasileiro já viu muitas mudanças na modalidade e considera que quanto mais competições houver num país, melhor vai ser para a seleção, porque assim aparecem mais jogadores e o leque de escolha para a seleção fica maior.
“Se eu me cuidar, posso ter vários anos pela frente, por causa da idade, tenho que me cuidar mais ainda”, afirmou, manifestando vontade de continuar na seleção, pelo menos, até à idade limite, que é de 45 anos.
Já os novos jogadores que chegam à seleção, são sempre “bem acolhidos” e sentem-se em casa, conclui o veterano.
O campeonato do mundo de futebol de praia decorrerá nas Bahamas entre os dias 27 de abril e 7 de maio.
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