Em Moreira de Cónegos, Paulinho marcou, aos 25 minutos, o golo da equipa da casa, que não foi suficiente para superar a formação transmontana, que trazia uma vantagem de 2-0 da primeira mão, disputada em Chaves.
Os flavienses, terceiros na II Liga 2021/22, vão cumprir na próxima temporada a 17.ª presença entre os ‘grandes’, e primeira desde 2018/19.
"Para ficar"
“A equipa começou mal a época, mas recuperou e os resultados em casa foram muito importantes. Só perdemos uma vez em casa, para conseguir todos os pontos que conseguimos isso foi fundamental”, disse à Lusa Francisco José Carvalho.
A temporada dos flavienses esteve longe de começar fulgurante e a equipa às ordens de Vítor Campelos chegou a ser dada como arredada da luta pela subida.
No entanto, o líder da SAD transmontana garantiu que sempre acreditou no desfecho de subida: “Quando construí a equipa, nós, a administração, o treinador e diretor desportivo sempre acreditámos que tínhamos conjunto para lutar pelos três primeiros lugares”.
Em pleno relvado do estádio flaviense durante, os festejos entre plantel e adeptos, Francisco José Carvalho explicou ainda que a estabilidade e opção de não procurar mudar o treinador deram resultado.
“É importante não andar a alterar treinadores. Temos de ter paciência, e na altura a equipa estava a jogar bom futebol, fora não conseguíamos ganhar, mas em casa estávamos a fazer pontos. Tivemos muitos casos de covid-19, alguns constrangimentos ao longo da época, mas as coisas acabaram por acontecer, porque a equipa tinha qualidade e era um grupo muito forte e muito unido”, analisou o dirigente.
O clube de Chaves acabou mesmo empurrado para o ‘play-off’ de acesso à I Liga na derradeira jornada do segundo escalão, ao terminar no terceiro lugar.
Mas, numa eliminatória a duas mãos, conseguiu ultrapassar o Moreirense, ao vencer 2-0 em casa e perder por 1-0 na segunda mão, com o antepenúltimo classificado do principal escalão a descer de divisão.
“O objetivo está concretizado. Temos o Chaves novamente na I Liga, o lugar onde merece estar”, vincou.
De resto, Francisco José Carvalho assegurou que o clube regressa à I Liga “para ficar para sempre”.
“É esse o objetivo, com a força dos valentes transmontanos”, atirou, referindo-se ao lema do clube e adeptos.
Desde que o investidor Francisco Carvalho, pai de Francisco José Carvalho e Bruno Carvalho (presidente da direção) assumiu os destinos do clube, em 2011, que o Desportivo de Chaves garantiu o regresso à II Liga (2012/2013) e depois ao principal escalão (2015/2016).
No entanto, na temporada 2018/2019, deu-se nova descida para o segundo escalão.
Também o presidente da direção do Desportivo de Chaves salientou que o clube está de regresso ao “lugar onde merece estar”.
“Uma palavra de agradecimento a todos, sem exceção, os que de alguma forma contribuíram para que fosse possível regressar à Primeira Liga. Um palavra especial para os que não abandonaram o clube nos tempos mais difíceis e foram acreditando que era possível concretizar este grande objetivo. Viva o Grupo Desportivo de Chaves”, destacou Bruno Carvalho numa publicação na sua página na rede social Facebook.
Esta é a quarta subida ao principal escalão do futebol português para o Desportivo de Chaves: a primeira ocorreu na época 1984/1985, seguindo-se uma segunda, na temporada de 1993/1994 e a penúltima, em 2015/2016.
Em 16 participações no escalão principal, os transmontanos atingiram a glória na década de 1980, quando, na temporada 1986/1987, atingiram o quinto lugar e a qualificação inédita para a antiga Taça UEFA na época seguinte. Em 1989/1990, seguiu-se novo quinto lugar, repetindo a melhor classificação entre os ‘grandes’.
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