No Estádio Stozice, os golos de Dany Mota (64 minutos) e Francisco Trincão (74', de grande penalidade), colocaram os lusos à distância de um empate com a Suíça na quarta-feira para assegurarem uma vaga na próxima fase, que também poderá ser confirmada em caso de triunfo ou empate dos ingleses, vencedores em 1982 e 1984, com a Croácia.
Finalista vencido em 1994 e 2015 e ausente da edição de 2019, Portugal lidera a ‘poule’ com seis pontos, três acima dos helvéticos e dos croatas (que horas antes tinham derrotado a Suíça por 3-2), ao passo que a Inglaterra continua no último posto e sem pontos.
Os dois primeiros colocados do Grupo D passam à ronda eliminatória (quartos de final, meias-finais e final) do Campeonato da Europa de sub-21, destinada às oito melhores seleções, que decorrerá entre 31 de maio e 6 de junho, na Hungria e Eslovénia.
O conjunto nacional manteve nove titulares em relação à vitória de quinta-feira sobre a Croácia (1-0), com os atacantes Dany Mota e Fábio Vieira, protagonistas no único golo dessa partida, a substituírem Tiago Tomás e Francisco Trincão, respetivamente.
Essa dupla mexida ajudou a reforçar a zona intermediária, até porque Fábio Vieira ia fazendo a ligação entre o habitual trio de médios e a dupla atacante, permitindo que Portugal tivesse superioridade numérica nos duelos e paciência na circulação da bola.
Dany Mota esteve perto de festejar logo ao terceiro minuto, ao corresponder ao segundo poste a um cruzamento de Thierry Correia na direita, num lance intercetado no limite por Ben Godfrey, e Fábio Vieira atirou fora da área para defesa de Aaron Ramsdale, aos 10.
Abdicando da defesa a três utilizada na derrota com a Suíça (1-0), a formação de Aidy Boothroyd conseguiu refrear por momentos o ímpeto luso e aproximar-se algumas vezes da área adversária a meio do primeiro tempo, embora sem enquadrar remates no alvo.
Portugal voltou à carga aos 32 minutos, quando Gedson serviu na esquerda um pontapé de primeira falhado por Fábio Vieira e Thierry Correia encheu o pé para intervenção de Aaron Ramsdale, que, na sequência do canto, negou o disparo de Pedro Gonçalves.
Rui Jorge apostou em Daniel Bragança e Francisco Trincão ao intervalo e o encontro reatou num ritmo baixo, sempre com Portugal mais acutilante no corredor central, onde Fábio Vieira e Vítor Ferreira ameaçaram em remates exteriores, aos 58 e 61 minutos.
Noni Madueke ainda atirou por cima logo a seguir, mas a resistência da Inglaterra terminou aos 64 minutos, numa transição conduzida por Pedro Gonçalves, que serviu o remate colocado de Dany Mota, descaído na esquerda, indefensável para Ramsdale.
O golo luso penalizava a inoperância da equipa de Aidy Boothroyd, sedenta da sua principal figura, Callum Hudson-Odoi, lesionado de última hora, e veio agudizar a incapacidade de criar desequilíbrios coletivos que importunassem Diogo Costa.
Se dúvidas restassem quanto ao vencedor da partida, Francisco Trincão dissipou-as à entrada para o derradeiro quarto de hora, ao ludibriar Aaron Ramsdale da marca de penálti, justificado pelo ‘pisão’ de Marc Guehi sobre o recém-entrado Gonçalo Ramos.
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