Nikiforov não é um campeão estranho nos -100 kg, categoria que venceu também em 2018, nos Europeus de Telavive, mas, em Lisboa, o belga não se apresentava como principal candidato e nem sequer era cabeça de série.
O judoca tinha, entre outros, a concorrência, não só do líder mundial, o georgiano Varlam Liparteliani — que venceu na final -, mas também do português Jorge Fonseca, a lutar em casa e que acabaria por não chegar longe, terminando em sétimo.
Num peso muito concorrido, Nikiforov acabou por ser a surpresa, conjugada com um dia mau do israelita Peter Paltchik, o campeão em título cessante, e do holandês Michael Korrel, dois dos três primeiros do mundo, afastados nos primeiros combates.
Em -78 kg, Beata Pacut confirmou o bom momento de forma, depois de ter sido ‘prata’ no Grand Slam de Antália, há duas semanas, para ‘saltar’ do 18.º lugar do ‘ranking’ mundial para um título europeu, superando o favoritismo da francesa Fanny Estelle Posvite e da holandesa Guusje Steenhuis, que venceu na final.
Também nos femininos, em +78 kg, a azeri Irina Kindzerska (segunda do mundo) não conseguiu impor-se em Lisboa, eliminada na primeira ronda, e nos -90 kg masculinos a situação foi similar da parte do espanhol Nikoloz Sherazadishvili (primeiro) afastado logo no início, numa categoria ganha pelo georgiano Lasha Bekauri (quarto do mundo).
No peso superior feminino, a francesa Lea Fontaine (50.ª), de mais de 160 quilos, destacou-se, depois se impor nas meias-finais à portuguesa Rochele Nunes — que seria ‘bronze’ -, perdeu na final com a turca Kayra Sayiy, a segunda favorita.
Finalmente, acima dos 100 quilos, os Europeus não trouxeram grandes surpresas, com o pódio a ser distribuído entre os principais cabeças de série: o russo Inal Tasoev (segundo cabeça de série) chegou ao ‘ouro’, depois da ‘prata’ em 2020, batendo o holandês Henk Grol, enquanto o checo Lukas Krpalek (primeiro) e o georgiano Guram Tushishvili (quarto) foram ‘bronze’.
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