
Fernando Madureira, antigo líder da claque Super Dragões, sublinhou que o nome de Pinto da Costa "está escrito em letras bem azuis e brancas na história do FC do Porto" e assume que a "a dor da perda é imensurável".
O protagonista da Operação Pretoriano, neste momento em prisão preventiva, sublinha na mensagem partilhada na sua conta de Instagram, juntamente com várias fotografias, que o antigo presidente era "único, inigualável, inestimável".
"A história não tem fim, quando o próprio homem é a história! A dor da perda é imensurável para mim, principalmente pela situação em que me encontro, mas as memórias, os valores, a gratidão e a lealdade que lhe dediquei vão para além das grades que me privam dum último abraço. Até sempre meu amigo, meu Presidente do homem a história, da história uma lenda!", acrescenta.
O que é a Operação Pretoriano?
O caso foi desencadeado em 31 de janeiro do ano passado, no âmbito da investigação aos desacatos observados na Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube, tendo resultado na detenção de 12 pessoas, entre as quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira. O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional ‘azul e branco’ constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano.
A decisão instrutória tinha de ser conhecida até 7 de dezembro, quando se completam 10 meses desde a aplicação do regime de prisão preventiva a Fernando Madureira.
Em causa, está a designada Operação Pretoriano, cuja acusação do MP denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões “criarem um clima de intimidação e medo” numa AG do FC Porto, para que fosse aprovada uma revisão estatutária “do interesse da direção” do clube, então liderada por Pinto da Costa.
Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira (mulher de ‘Macaco’ e membro dos Super Dragões), Fernando Saul (antigo funcionário do clube), Vítor Catão (adepto do FC Porto) ou Hugo Carneiro (gualmente com ligações à claque).
Em causa, estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.
Hugo Carneiro também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos entre um e cinco anos.
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