“Podia ter sido um bocadinho melhor na trave, só. O resto foi ‘top’. Na trave foi um dos esquemas mais limpos que tive tirando a falha na saída. Estou muito contente com a minha prestação. Estive super bem nos aparelhos. Estou mesmo super contente”, admitiu.
Nas barras assimétricas, nas quais criou o movimento ‘Martins’, somou 14.300 pontos, nota que lhe pode permitir sonhar com a final do aparelho, algo que só saberá no fim de se disputarem todas as cinco subdivisões.
Filipa Martins foi 37.ª no ‘all around’ no Rio2016 e Zoi Lima detém o melhor resultado luso por aparelho, com o 15.º no salto em Londres2012.
Independentemente de atingir ou não a final do ‘all around’, destinada às 24 melhores no somatório de todos os aparelhos, com duas atletas por país, ou de qualquer aparelho específico, Filipa Martins assume que sairá sempre “realizada” de Tóquio2020.
“A competir sinto que estou no meu mundo, é quando sinto a adrenalina toda, que me faz continuar a querer sempre mais”, justificou.
Admite que nesta aventura no Japão gostaria de ter companhia portuguesa na ginástica artística, uma vez que nos últimos tempos tem estado somente com o seu treinador, “o que se torna cansativo para os dois”, até por sente falta do “espírito de equipa”.
A portuense, de 25 anos, é uma das ginastas mais velhas em competição, contudo isso não é algo em que pense, estando mais focada em “contagiar e motivar” os jovens, ajudando-os a “alimentar o sonho olímpico” que a própria concretizou.
“Que o meu exemplo ajude e inspire outros a conquistar os sonhos que eu tinha quando era miúda”, disse.
Independentemente dos resultados em Tóquio2020, Paris2024 é ainda um objetivo distante para uma atleta que vive “um dia de cada vez” e que agora só está preocupada em tirar férias antes dos Mundiais de outubro, novamente no Japão.
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