No último encontro dos ‘oitavos’ do Mundial2022, o avançado do Benfica, que substituiu no ‘onze’ Cristiano Ronaldo, inaugurou o marcador, aos 17 minutos, apontou o terceiro tento luso, aos 51, e ainda o quinto, aos 67, depois de ter oferecido o quarto a Raphaël Guerreiro, aos 55.
Ramos, que foi substituído aos 73 minutos, só não conseguiu igualar o feito de Eusébio, que, em 1966, nos quartos de final, logrou um ‘póquer’ face à Coreia do Norte, virando, ‘sozinho’, o resultado de 0-3 para 4-3. Acabou 5-3.
Pela seleção lusa em Mundiais, tinham logrado ‘hat-tricks’ Pauleta, no 4-0 à Polónia, em 2002, e Cristiano Ronaldo, no 3-3 com a Espanha, em 2018.
Gonçalo Ramos, que só tinha jogado dois minutos no primeiro jogo (3-2 ao Gana) e oito no segundo (2-0 ao Uruguai), acrescidos de descontos, conta agora quatro golos na seleção ‘AA’, em apenas quatro jogos.
O avançado ‘encarnado’, de 21 anos, estreou-se na seleção lusa no único jogo de preparação para o Mundial de 2022, tendo marcado o terceiro golo numa goleada por 4-0 face à Nigéria, em Alvalade, em 17 de novembro.
Após o primeiro tento de Gonçalo Ramos, Pepe marcou o segundo, aos 33 minutos, replicando o que tinha conseguido no Mundial de 2018, também nos ‘oitavos’, então num golo que nada valeu, uma vez que Portugal perdeu por 2-1 com o Uruguai, vencedor graças a um ‘bis’ de Edinson Cavani.
O central luso não é, ainda assim, o mais velho a marcar em Mundiais, numa lista liderada pelo camaronês Roger Milla, que o fez com 42 anos, um mês e oito dias. Pepe é o segundo da lista, com 39 anos, nove meses e 10 dias.
Pepe conta agora oito golos pela seleção portuguesa de futebol, em 131 encontros.
Aos 55 minutos, Raphaël Guerreiro somou o quarto golo luso e estreou-se a marcar em Mundiais, passando a contar quatro golos por Portugal, em 60 encontros.
Sobre o final, aos 90+2 minutos, Rafael Leão colocou a ‘cereja em cima do bolo’, com o sexto golo luso e o seu segundo no Qatar – os dois que tem por Portugal, em 14 jogos -, depois de ter marcado no 3-2 ao Gana.
Em Mundiais, o líder luso, desde que faturou por nove vezes na edição de 1966, sendo o ‘rei’ dos marcadores, é Eusébio, secundado por Cristiano Ronaldo, que soma oito e tornou-se já em 2022 o primeiro jogador da história a marcar em cinco edições.
Seguem-se Pauleta, isolado no terceiro lugar, com quatro golos, apenas mais um do que os ‘magriços’ José Augusto e José Torres e, agora, Gonçalo Ramos.
Por seu lado, Pepe e Rafael Leão juntam-se, no sétimo lugar do ‘ranking’, a Maniche (dois em 2006), Simão (um em 2006 e um em 2010), Tiago (dois em 2010) e Bruno Fernandes, que ‘bisou’ face ao Uruguai (2-0), já no Qatar.
No Mundial2022, Portugal soma agora 12 golos, sendo que, antes do jogo dos ‘oitavos’, já tinham faturado Bruno Fernandes, único com dois, Cristiano Ronaldo, João Félix, Rafael Leão e Ricardo Horta.
A seleção lusa não esteve nas primeiras sete edições do Mundial (1930, 1934, 1938, 1950, 1954, 1958 e 1962), para, na estreia, em 1966, não necessitar sequer de um minuto para conseguir um golo.
Em 13 de julho de 1966, no Estádio Old Trafford, em Manchester, José Augusto marcou o primeiro tento face à Hungria, que Portugal venceu por 3-1. Foi o primeiro de um total de passou hoje a 61.
Nessa primeira presença, Eusébio, que só não faturou na estreia, marcou nove golos, que lhe deram o título de melhor marcador da prova e o fazem ser ainda, 56 anos depois, o ‘rei’ dos goleadores lusos em Mundiais.
Comentários