“A violência não tem continuado, pelo contrário. Hoje temos uma autoridade para a prevenção e combate à violência no desporto que, em apenas três meses, já são conhecidos 60 casos de interdições de estádios. Cada vez mais os estádios vão estar vazios desses elementos perturbadores e violentos, que não vão ter lugar”, afirmou.
À margem da 24.º Gala do Desporto, que se realiza hoje no Casino Estoril, João Paulo Rebelo sublinhou que o pensamento do presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, sobre a temática da violência “é exatamente coincidente” com o do Governo, que está “empenhado” na erradicação da violência do desporto.
“Temos de trabalhar em conjunto, de mãos dadas, com a comunicação social também, como difusores de informação dos valores do desporto e não das mensagens de ódio e que alimentam atos que todos nós queremos erradicar. A Liga está do nosso lado e temos cada vez mais de estar todos do mesmo lado para que, socialmente, seja absolutamente recriminável qualquer tipo de atitude que não tem lugar no desporto”, expressou.
O governante lembrou que existem três tipos de sanções, divididas pelos diversos organismos, que, conjugando as medidas, estão “a trabalhar em prol da erradicação da violência do desporto”.
“Há sanções disciplinares, que cabem aos organismos que tutelam o futebol. Há sanções contraordenacionais, que tem que ver com a autoridade de prevenção e combate à violência no desporto. Há sanções judiciais, que cabem aos tribunais, sempre que estamos a falar de crimes”, explicou.
Na segunda-feira, após uma reunião no Ministério da Administração Interna (MAI), Pedro Proença disse que o governo deve assumir responsabilidades sobre os recentes casos de violência no futebol.
“O que discutimos com o senhot ministro tem que ver com questões de segurança pública e é chegada a altura de o governo assumir responsabilidades na matéria. O futebol profissional tem seguido o seu percurso de autor regulatório, com capacidade de impor sanções aos seus próprios clubes, e o que viemos exigir é que esta franja de adeptos seja claramente vistoriada. Queremos que haja medidas exemplares de segurança relativamente a esta matéria”, pediu Pedro Proença.
O presidente da LPFP frisou que esta é uma “luta” dos 34 clubes profissionais de futebol e que não permitirá que “um conjunto muito reduzido de adeptos manchem as competições profissionais”.
“O futebol vai continuar nessa guerra, que é uma guerra de combate à violência, e em que não admitiremos que quem tem responsabilidade em termos de segurança pública não o faça, porque o futebol paga muito dinheiro para que isto não aconteça”, atirou o ex-árbitro internacional português.
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