A ideia foi hoje defendida numa entrevista à agência Lusa por Catió Baldé, diretor-executivo da federação de futebol guineense e coordenador da CAN2017.
Agente de muitos jogadores chamados pelo selecionador guineense para representar a seleção, Catió Baldé diz que a sua fé nos atletas “é inabalável”, tendo Portugal como inspiração pela sua caminhada até a conquista do Euro2016, em França.
“Estes jogadores jogaram com muitos desses jogadores que foram agora campeões da Europa”, enfatizou Baldé, para prometer que os guineenses vão surpreender “o mundo de futebol” no Gabão.
O diretor-executivo da federação diz que os jogadores guineenses passaram “pela melhor escola de formação que é Portugal” e vão poder mostrar isso na CAN, que os guineenses ‘abrem’ no dia 14 de janeiro, diante do anfitrião Gabão.
Alguns jogadores foram convocados comprometeram-se de que vinham jogar, mas à última hora voltaram atrás com a palavra dada, disse Baldé, apontando os nomes de Vasco Fernandes (Vitória de Setúbal), Yazalde e Eliseu (Rio Ave), Gerso (Belenenses), Carlos Abna (Palermo/Itália) e Jânio Bikel, que joga pelos holandeses do NEC.
Catió Baldé lamenta a ausência “dos que não quiseram vir”, mas diz acreditar nos que aceitaram representar a Guiné-Bissau, naquela que diz ser a “mais importante competição africana de futebol”.
Cícero (Paços de Ferreira), Amido Baldé (Marítimo) e Mama Baldé (Sporting B) lesionaram-se.
“Trouxemos os melhores jogadores da Guiné. Foram selecionados de forma criteriosa os que cá estão”, defendeu Baldé, prometendo ter a lista definitiva dos 23 jogadores que vão à CAN até 04 de janeiro.
Mais do que a ausência das ‘vedetas’, Catió Baldé lamenta a “falta de tranquilidade” nos treinos, onde chegam a estar mais de 5.000 pessoas, que tentam a toda hora falar ou tocar nos jogadores, e as dificuldades da Federação no desbloqueamento da verba prometida pelo Governo para pagar as despesas da seleção.
Só na sexta-feira é que foram pagos os prémios dos jogos realizados na fase da qualificação para a CAN.
A incerteza continua a marcar a preparação da Guiné-Bissau, pois ainda não se sabe se haverá ou não um jogo treino diante de uma seleção africana antes da partida dos ‘djurtus’ para o Gabão, a 08 ou 09 de janeiro.
“Tínhamos o projeto de realizar alguns jogos internacionais com algumas seleções, mas, dadas as dificuldades financeiras, parece que já não será possível, mas a Federação está a trabalhar para que, até a nossa ida, possamos realizar um jogo treino com um país vizinho”, afirmou Catió Baldé.
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