Em declarações ao diário desportivo L’Équipe, na edição que será disponibilizada na terça-feira, Lloris admite que “não é fácil anunciar isto”, mas que, aos 36 anos, “chegou ao fim”.

“Depois de 14 anos a defender esta camisola, que enverguei com imenso prazer, com orgulho, dever e sentido de responsabilidade, creio que cheguei ao fim”, disse o jogador, que há três semanas foi finalista derrotado no Mundial2022, no Qatar.

Internacional desde 2008, Lloris recebeu a braçadeira de ‘capitão’ de Laurent Blanc, depois do fiasco da edição de 2010 do Mundial.

O atual selecionador, Didier Deschamps, fez de Lloris um elemento-chave da equipa de França, num percurso que teve como melhores momentos a final do Euro2016, a vitória no Mundial2018 e a presença na final de 2022, em 18 de dezembro, quando os gauleses perderam com a Argentina, nas grandes penalidades – 4-2, após 3-3.

“Chega o momento em que tens de passar o testemunho”, diz Lloris ao L’équipe. “Penso que a equipa está preparada para continuar”, acrescentou, evocando o seu natural sucessor, Mike Maignan.

Maignan falhou o Mundial do Qatar, mas o guarda-redes do AC Milan, de 27 anos, é visto como o natural ‘número 1’ de França nos jogos de qualificação para o Euro2024, a partir de março.

“Fico com o sentimento de ter dado tudo, de ainda ter tomado o meu lugar na aventura, mas não quero esperar pelo momento em que comece a fazer um pouco menos. Prefiro sair ainda no alto, depois de ajudar a seleção a chegar à final do Mundial”, confidenciou Lloris ao jornal francês.

Vencedor da Liga das Nações de 2021, o guarda-redes do Tottenham é também o jogador que mais vezes usou a braçadeira de ‘capitão’ na seleção francesa (121) e aquele que maior número de jogos (20) disputou pelos ‘bleus’ em Mundiais.