Os húngaros vão para a quarta participação, depois de baterem em casa a Islândia por 2-1, os escoceses para a terceira, ao ganharem na Sérvia nos penáltis (5-4, depois de 1-1), os eslovacos para a segunda, ao vencerem no tempo extra na Irlanda do Norte (2-1) e os macedónios para a primeira, com um 1-0 na Geórgia.
Em quatro encontros da final do ‘play-off’ com emoções até à última ‘gota’, a Hungria marcou encontro com Portugal, num Grupo F que inclui ainda os dois últimos campeões do Mundo (Alemanha e França), graças a dois golos sobre o final.
Os islandeses adiantaram-se aos 11 minutos, num livre direto de Gylfi Sigurdsson, que redundou em grande ‘frango’ de Peter Gulacsi, mas, quando tudo parecia decidido, Loic Négo, aos 88, e Dominik Szoboszlai, aos 90+2, selaram a reviravolta.
Desta forma, a Hungria vai repetir as presenças de 1964, 1972 e 2016, sendo que na última participação também atuou no grupo de Portugal. No último jogo da fase de grupos, registou-se um empate a três e as duas equipas seguiram em frente.
Os magiares serão precisamente o primeiro adversário de Portugal, num embate marcado para 15 de junho, na Puskas Arena, em Budapeste, onde hoje a Hungria selou o apuramento.
Em Belgrado, as decisões foram até às grandes penalidades e só na 10.ª e última o apuramento ficou decidido: depois de nove concretizadas, Aleksandr Mitrovic viu David Marshall defender o seu remate e qualificar os escoceses.
No tempo regulamentar, a Escócia já tinha ficado perto de assegurar que iria repetir 1992 e 1996, graças a um tento de Ryan Christie, aos 52 minutos, mas, aos 90, o ex-benfiquista Luka Jovic empatou, de cabeça, após um canto de Filip Mladenovic.
Os sérvios puderam continuar a sonhar com o primeiro apuramento para um Europeu após o fim da Jugoslávia, mas os penáltis apuraram a Escócia, que, no Grupo D, terá dois jogos em casa, com Croácia e República Checa, e uma curta viagem a Inglaterra.
Em Belfast, também foi necessário tempo extra, pois, a exemplo que sucedeu na Sérvia, a Irlanda do Norte empatou quase a acabar, aos 88 minutos, num autogolo de Milan Skriniar, depois da vantagem inicial dos eslovacos, com um tento de Juraj Kucka, aos 17.
No prolongamento, decidiu um golo de Michal Duris, aos 110 minutos, para dar o segundo europeu consecutivo à Eslováquia, que estará no Grupo E, com Espanha, Suécia e Polónia.
Antes, o primeiro embate do dia, em Tbilissi, na Geórgia, foi decidido por um golo do veterano avançado Goran Pandev, que deu à Macedónia do Norte, república que se tornou independente da Jugoslávia em 1991, o primeiro apuramento para uma fase final.
Aos 56 minutos, o atual do jogador do Génova e com passagens por Lazio, Inter de Milão, Nápoles ou Galatasaray, marcou aquele que é, até agora, o mais importante golo da história do país.
Depois de um passe de Ilija Nestorovski, avançado da Udinese, o jogador de 37 anos surgiu sozinho na ‘cara’ de Giorgi Loria e, com a classe que sempre marcou a sua carreira, desviou a bola do guarda-redes local com um toque subtil de pé esquerdo.
O mais internacional e melhor marcador da história dos macedónios fez, assim, valer os ‘galões’ de grande figura do futebol da Macedónia do Norte, que, no Euro2020, vai integrar o Grupo C, com Países Baixos, Ucrânia e Áustria.
O Europeu de 2020, que se realiza em 12 cidades de 12 países, estava originalmente marcado para o período entre 12 de junho e 12 de julho, mas foi adiado para o próximo ano, entre 11 de junho e 11 de julho, devido à pandemia da covid-19.
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