João Pedro Sousa desvalorizou o lugar ocupado atualmente pela formação famalicense na prova (10.º lugar), ainda assim salientou a necessidade de conquistar os três pontos para devolver a confiança ao grupo.
“Os jogadores e o treinador sentem intranquilidade. Nós queremos ganhar. Trabalhámos bem durante a semana, preparámos bem o jogo, analisámos o jogo anterior, mas sabemos que isso no futebol não chega para ganhar. Estamos intranquilos e insatisfeitos. Não ganhámos o último jogo e alguns jogos para trás e devíamos ter ganho. Claro que também olhamos para a classificação, não escondo, mas estamos seguros da nossa competência, da nossa qualidade, da forma como trabalhamos”, referiu.
O técnico puxou para si toda a responsabilidade de o Famalicão não ter conseguido segurar a vitória na última jornada, em casa do Farense, e garantiu que, daqui para a frente, terá que repensar a forma de encarar os jogos.
“O problema foi meu. Tenho que me preocupar com a qualidade individual e coletiva, mas tenho que ver outro tipo de situações em determinados momentos do jogo. Eu, se quero um jogador à Famalicão, não posso pedir a um jovem como o Gustavo Sá para cair no chão e ficar à espera pela entrada do médico para matar tempo. Sou incapaz de fazer isso. Digo-lhe que tem que controlar o jogo com a bola, com a posse da bola ou quando não temos bola, com determinados comportamentos. Mas isso poderá não chegar”, frisou.
Ainda assim, João Pedro Sousa explicou que não faltou confiança à equipa no último jogo: “Neste último jogo, a equipa estava confiante de que o jogo ia acabar e nós íamos ganhar. Os jogadores estavam demasiado confortáveis. Ficámos sempre com a sensação de que estávamos mais perto do 2-0 do que do 1-1. Mais do que falta de concentração, foi demasiado conforto. Ficar confortável no jogo, muito bem, mas de forma diferente. É outro aspeto que temos que melhorar”, esclareceu ainda.
Sobre o próximo adversário na I Liga, o treinador reconheceu as dificuldades que está à espera de encontrar, perante um Rio Ave “intenso”.
“Todos os jogos do Rio Ave são competitivos e intensos. São um espelho da equipa do Rio Ave. Uma equipa competente, com treinador competente, com ideia de jogo positiva. Na primeira volta, tirei o chapéu ao Luís Freire pela dificuldade do trabalho que tinha devido às dificuldades de construção do plantel. O que é certo é que essas dificuldades foram ultrapassadas ou, pelo menos, em parte”, disse.
Desta forma, João Pedro Sousa considerou que “se o Rio Ave era uma equipa difícil de bater, agora, com reforços, ainda mais”. Contudo, foi perentório quanto à intenção dos minhotos: “O nosso espírito é sempre o mesmo. Regressar o mais depressa possível às vitórias”.
O Famalicão, 10.º classificado, com 23 pontos, recebe na sexta-feira, às 20:15, no Estádio Municipal de Famalicão, o Rio Ave, em 13.º lugar, com 21, no encontro de abertura da 22.ª jornada, que será arbitrado por Artur Soares Dias, da Associação de Futebol do Porto.
Comentários