“É muito bom, treinámos imenso para isto. Foi uma boa experiência. Estamos muito felizes. [A ausência, de última hora, da Rússia] Deu-nos outra esperança, mas acho que nunca fomos a contar que íamos sair daqui com duas medalhas. A nossa competição é muito grande, todos os grupos são muito bons”, disse Bárbara Sequeira.
Primeiro, foi o bronze no equilíbrio e depois a prata no exercício dinâmico, com o trio a aguardar pelo exercício da Bélgica para perceber se ficava com o ouro.
“A esperança existiu sempre, um bocadinho, mas já sabíamos que elas eram muito boas. Tínhamos feito um grande esquema, mas elas, a nível artístico e de execução, foram melhores e o resultado foi muito justo”, assumiu a atleta de 23 anos do Acro Clube da Maia.
Francisca Maia acredita que no domingo pode sair nova medalha no combinado (‘all around’), até porque o êxito depende da junção de três provas e, cumpridas as duas primeiras, as lusas estão no terceiro lugar.
“A expectativa está sempre lá, mas o nosso objetivo é fazer o nosso melhor, o que treinámos, e as medalhas vêm por acrescento. Estamos prontas. Cansadas, não. Em altura de prova não há cansaço, apenas energia para o fazer o nosso melhor”, disse a ginasta de 20 anos.
Francisca acredita também que este êxito vai ajudar a colocar a ginástica acrobática no mapa do desporto português, uma vez que está penalizado por não ser olímpico.
Francisca Sampaio Maia admite que alimenta o sonho de um dia ir aos Jogos Olímpica e revela que estes dois pódios constituem uma “experiência incrível”.
O trio trabalha quatro horas por dia, menos ao domingo, pelo que, quando está no topo da pirâmide nos exercícios, não hesita: “Eu confio nelas. Treinamos demasiado para não confiar nelas”.
Por seu lado, o treinador Lourenço França estava, naturalmente, muito satisfeito com a prestação das ginastas lusas.
“Não estava à espera. O segredo do sucesso reside no grande trabalho que nós fazemos todos os dias. Numa final, tudo pode acontecer, e aconteceu aquilo que nós gostávamos, o que é sempre espetacular”, afirmou.
(Por: Rui Barbosa Batista da agência Lusa na Bielorrússia)
Comentários