"Vou regressar. Não sei quando, mas está mais difícil o meu regresso a Portugal", afirmou o técnico português, de 65 anos, em declarações após a cerimónia no Palácio de Belém na qual recebeu das mãos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Ordem do Infante D. Henrique.
Salientando a existência de um contrato válido com o Flamengo até junho e o apreço que encontrou entre os adeptos do clube do Rio de Janeiro, Jorge Jesus destacou igualmente a importância do "consenso" e do "carinho" alcançado entre os portugueses com esta experiência além-fronteiras.
"Se alguma vitória importante conseguimos no Brasil, talvez essa foi a mais importante: a de o povo português se associar a nós", frisou.
Numa cerimónia na qual estiveram presentes os presidentes de Benfica, Sporting e Sporting de Braga, além dos líderes da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Jorge Jesus revelou ter ainda convidado o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, (que não compareceu por estar doente) para dar expressão à vontade de unir o futebol português.
"Não poderia ter todos [os presidentes de clubes] aqui, mas sei que chegámos onde chegámos com a ajuda de muita gente. Procurei convidar aqueles que estavam mais perto de Lisboa, bem como todas as referências do futebol português. Quis associar a minha condecoração a eles, porque sem eles, se calhar, não estaria aqui", declarou, apelando também à pacificação do clima entre os principais clubes no futebol nacional.
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