O julgamento foi encerrado em junho, mas só hoje foi divulgado o texto da sentença, através da imprensa italiana, que revela que o juiz Giacomo Marson escreveu que “a n’drangheta impôs-se no seio dos grupos organizados, exercendo controlo real sobre esses grupos que apoiam a Juventus”.
Segundo a Gazzetta dello Sport, Marson explicou que a Juventus tentava controlar a pressão dos grupos de ‘tifosi’ mais capazes de “exercer poder de intimidação considerável sobre o clube”.
A secção desportiva do caso levou à condenação do presidente do clube de Turim, Andrea Agnelli, a um ano de suspensão e uma multa de 20.000 euros.
A Federação de futebol italianoa critizou a prática da Juventus de entregar aos ‘ultras’ grandes quantidades de bilhetes para jogos, que eram depois vendidos a preços muito mais elevados, com os lucros a atraírem o crime organizado.
Para o juiz, o clube tinha de saber que a prática “não era muito transparente”, mas nenhum membro do clube foi acusado no caso civil, sendo que Agnelli foi ouvido como testemunha.
Nessa audição, admitiu ter-se reunido com Rocco Dominello, um ‘ultra’ próximo da máfia calabresa que foi condenado a mais de sete anos de prisão.
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