“Pelo que aconteceu, como chefe da polícia, peço as mais sentidas desculpas. O policiamento errou tremendamente”, disse Andy Marsh, chefe e diretor executivo do colégio de polícias.
O desastre aconteceu em 15 de abril de 1989, quando se verificou uma sobrelotação em parte do estádio Hillsborough, em Sheffield, durante o jogo da Taça de Inglaterra entre Liverpool e Nottingham Forest, provocando a morte de 97 pessoas, a maioria das quais por esmagamento contra a vedação, pisadas ou sufocadas.
Durante anos, as autoridades atribuíram culpas em relação ao sucedido aos adeptos e um primeiro inquérito avaliou as mortes como acidentais, mas as reivindicações dos familiares das vítimas levaram a um volte face no processo em 2012.
Foram encontradas irregularidades e erros cometidos pelas autoridades, e já em 2016 um segundo inquérito determinou responsabilidades da polícia, dos serviços de ambulância e do Sheffield Wednesday, clube responsável pelo estádio.
Este relatório concluiu que o comportamento dos adeptos não contribuiu para a morte dos mesmos, num processo em que alguns polícias e um advogado foram acusados de tentarem subverter o curso da justiça, mas ninguém foi condenado.
A mais recente declaração aconteceu hoje, com o Colégio da Polícia e Conselho Nacional dos líderes de polícia a informarem que será revisto o código de ética da corporação, com um novo, que contemple a gestão de informação e o seu registo, para prevenir que não se verifiquem os mesmos problemas enfrentados após Hillsborough, cujas gravações se perderam ou foram destruídas.
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