Miguel Leal também afirmou que este dérbi “é um momento bonito”, esperando que, “acima de tudo, que não haja incidentes nem dentro nem fora do campo, porque o futebol é um espetáculo”.
Com 29 pontos e a pontuar desde a 19.ª jornada, o Boavista ocupa o nono posto e, pelas contas de Miguel Leal, tem a manutenção à distância de um ponto.
O técnico concordou que a situação permite encarar o futuro com alguma confiança, mas adverte que “o objetivo ainda não está cumprido”.
“Temos de lutar por ele e este é um jogo onde temos oportunidade de ganhar pontos. Estamos com confiança e vamos fazer o melhor, sabendo que vamos enfrentar uma equipa muito forte e também num bom momento. Acreditamos sempre que podemos ganhar pontos e o jogo e é essa a nossa filosofia”, referiu.
O FC Porto, segundo classificado, a um ponto do Benfica, vai ao Bessa após seis vitórias consecutivas para o campeonato e, segundo Miguel Leal, trata-se de “uma equipa de posse de bola, com fluidez, especialmente, nos corredores e bons executantes no último terço e muito forte nos lances de bolsa parada”.
“Se conseguirmos anular esses pontos fortes e depois explorarmos aqueles menos fortes que o Porto revela o jogo começa a ser mais equilibrado e poderemos conseguir pontos”, referiu.
O técnico não deu importância à derrota que o FC Porto sofreu na quarta-feira, com a Juventus, para a Liga dos Campeões (0-2), considerando serem “jogos distintos”.
“O Porto tem muitas soluções no plantel. Se calhar, como é a única competição, obriga a um maior foco”, afirmou.
Castigado, o médio defensivo e também capitão Idris é baixa certa e Miguel Leal não desvendou quem o irá substituir, mas disse acreditar que o substituto saberá “desempenhar bem o papel” até porque agora o Boavista está numa situação melhor do que no passado.
No FC Porto, o central Felipe também estará ausente, igualmente devido a castigo, e o treinador boavisteiro admitiu que os ‘dragões’ poderão “perder algum entrosamento”, mas insistiu estar “à espera de um Porto forte”.
“O adversário não entra nos meus planos. Foco-me no objetivo do jogo e não tanto no adversário. É essa a mensagem que tento passar. Sei que não é fácil para os jogadores, mas para mim, treinador, a ideia é essa. Não interessa quem é o adversário, pode ser muito forte ou menos forte. Temos que fazer o nosso jogo”, vincou.
O Boavista obteve 17 pontos fora e 12 em sua casa. “Com as minhas equipas acontece isso frequentemente. A resposta que dou sempre é: os pontos valem de maneira diferente fora ou em casa? O mais importante é a equipa atingir os seus objetivos”, sentenciou.
O FC Porto solicitou mais de 1.500 bilhetes para este jogo e os adeptos portistas deverão ser em maior número, devendo, possivelmente, encher a bancada norte do Estádio do Bessa.
“Gostaria que estivesse mais massa adepta do Boavista, mas se for o contrário não me preocupa. Gosto é ver os estádios cheios. O nosso futebol precisa de encher os estádios. Se o estádio estiver cheio já fico contente. Se for com uma maioria do Boavista mais contente fico. Se não for, pelo menos está cheio”, opinou Miguel Leal.
O Boavista, nono classificado, com 29 pontos, recebe o FC Porto segundo, com 53 pontos, num jogo da 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol que será arbitrado por Fábio Veríssimo, da Associação de Futebol de Leiria.
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