“A motivação está lá em cima. Eles são os atuais campeões da Europa e não há maior motivação do que tentar vencer o atual campeão. Sinto essa motivação e preparei-me adequadamente”, garantiu.
Na antevisão do encontro no Estádio Olímpico Fischt, o jogador do FC Barcelona desvalorizou o caminho difícil rumo ao desejado título mundial, realçando a vontade da seleção em repetir os títulos de 1930 e 1950.
“Ouvi alguma especulação em relação ao terceiro jogo, mas, se queremos ser campeões do mundo, queremos vencer todos os rivais. Esse é o nosso objetivo desde começo”, vincou.
Em causa a questão dos terceiros e últimos jogos de várias seleções, já apuradas, e a sua opção por tentar ser primeiro ou segundo do grupo, procurando calhar do lado da grelha competitiva alegadamente menos difícil.
Suárez garante que, mesmo antes de viajar para a Rússia, a ‘celeste’ já só pensava em impor-se em todos os desafios, pelo que em Sochi, frente a Portugal, agora na fase a eliminar, esse desejo é reforçado em relação à fase de grupos.
O uruguaio desvalorizou qualquer rivalidade com Cristiano Ronaldo — face aos jogos entre FC Barcelona e Real Madrid -, garantindo que o que está sempre em causa é a “equipa” e como esta vai, “unida”, ultrapassar um opositor “muito difícil”.
“Aqui é diferente, é um campeonato do mundo. Tentamos fazer o melhor pela nossa seleção”, frisou.
Pela frente, no centro da defesa portuguesa, Suárez vai reencontrar Pepe: “Já jogou mais de 10 anos no Real Madrid e é um grande jogador, um dos melhores, mas não jogamos só contra o Pepe e o Fonte. São 11 contra 11. Todos contam. Se analisarmos a qualidade de Portugal, é impressionante”, avisou.
Luis Suárez entende que “os jogadores, individualmente, podem fazer apenas uma pequena diferença”, pelo que o Uruguai vai apresentar-se em Sochi apostado em fazer prevalecer o coletivo.
Se descartou o antagonismo com Cristiano Ronaldo, fez o mesmo com Edinson Cavani, com quem partilha uma das mais temíveis e produtivas duplas de avançados do planeta.
“Conhecemo-nos há muitos anos. Passámos mais de 10 anos a jogar juntos na seleção. A rivalidade que existe é pelo Uruguai, é lutar pela camisola do pais, por conseguir o melhor a nível da equipa. É essa a prioridade de ambos. Ajudarmo-nos é a forma de avançarmos. Não há nenhum outro objetivo de ordem pessoal, a não ser que Uruguai vá o mais longe possível no Mundial”, sentenciou.
O avançado prometeu “a melhor atitude possível, face à tranquilidade de tudo o conseguido até agora”, nomeadamente os três triunfos sem golos sofridos, num parcial de 5-0, em grupo com Arábia Saudita e Egito, com dois êxitos 1-0, e Rússia, com uma vitória por 3-0, quando já estava apurado.
O calor intenso e humidade que se fazem sentir em Sochi também foram relativizadas, embora Suárez entenda que isso “vai ser exaustivo” para os atletas.
“Este calor sente-se na garganta e na boca, quando se respira. Mas, apesar de ser algo que exige mais dos jogadores, espero que as temperaturas caiam um pouco, devido à previsão de chuva à noite”, concluiu.
Portugal e Uruguai defrontam-se no sábado, pelas 21:00 locais (19:00 em Lisboa), em encontro dos oitavos de final do Mundial de futebol de 2018, marcado para o Estádio Fisht, em sochi, com arbitragem do mexicano César Arturo Ramos.
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