Na conferência, realizada em Nijni Novgorod, palco do encontro de sexta-feira, e apesar de destacar o papel da defesa da sua equipa, Tabarez também se referiu à forte possibilidade de não contar com o seu avançado Edinson Cavani.
“É um jogador muito importante para nós, que atravessa um muito bom momento futebolístico no plano pessoal. Logo após (a sua lesão), ele começou a trabalhar na recuperação. Saberemos em menos de 24 horas quem serão os titulares e os suplentes. Lamento não vos poder dar a informação (utilização de Cavani), como também não tenho a informação de quem vai render o jogador suspenso do lado francês (Blaise Matuidi)”, disse Tabarez.
Sobre a equipa francesa, disse ser “muito possante” e destacou os laços que unem os dois países e que “vêm de longe”.
“A primeira língua que aprendi, além do espanhol, foi o francês, a primeira vitória uruguaia num mundial (de facto foram nos Jogos de 1924 de Paris) foi em França, e o primeiro golo num mundial foi marcado por um francês em Montevideu. Quando procuramos um adversário, a França diz sempre sim,, quando outros dizem não”, sublinhou o técnico.
Tabarez revelou ainda que muito do trabalho desenvolvido pelo Uruguai tomou a França como modelo, principalmente depois de ter trabalhado com a FIFA no Mundial gaulês de 1998: “É um grande adversário amanhã, mas de maneira alguma um inimigo.”
O treinador refugiou-se numa canção popular uruguaia – “Nunca favoritos, sempre ‘outsiders'” – para fugir à questão dos favoritismos no encontro de sexta-feira, mas não escondeu a esperança de seguir em frente.
“Serão os jogadores que irão escrever a história do jogo, tomar as decisões e determinar, na soma das ações, quais serão as decisivas e a favor de quem. Temos uma grande esperança de passar este jogo e, se acontecer, de descansar e preparar-nos para que a esperança se prolongue para o jogo seguinte”, afirmou, embora tenha sublinhado que no Uruguai ninguém pensa nos três jogos que faltam, mas sim apenas no de sexta-feira.
Tabarez destacou a força da equipa francesa e até lembrou que alguns dos jogadores gauleses venceram a final do Mundial de sub-20 de 2013 frente ao Uruguai.
“Não vai ser fácil, mas não consideramos impossível. Temos uma margem de manobra e vamos assumi-la. Não a glorificamos, mas dependemos muito da nossa força defensiva, porque defender é uma situação que toda a equipa tem que enfrentar em certos momentos do jogo. Não vamos renunciar a algo que nos torna fortes. Tentámos melhorar com o correr dos jogos. Contra a Rússia conseguimos, contra Portugal um pouco menos, mas acabámos por eliminar o atual campeão europeu”, sublinhou o técnico.
A França e o Uruguai defrontam-se a partir das 15:00 portuguesas em Nijni Novgorod, em jogo dos quartos de final do Mundoa2018, que será dirigido pelo argentino Nestor Pitana.
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