Will Barton (Denver Nuggets)
O veterano com oito anos de experiência é um bom «two-way player» - jogador competente no ataque e na defesa -, e as últimas cinco épocas em Denver têm mostrado um Barton mais maduro e consistente, com médias acima dos 14 pontos por jogo em quatro dessas cinco temporadas e percentagens de lançamentos longos acima da média da liga. Os Nuggets esperam que 2020/21 seja a temporada da explosão de Michael Porter Jr. e o extremo de 22 anos já mostrou potencial para se tornar numa estrela, o que deixa Will Barton com um papel mais reduzido na equipa orientada por Mike Malone e dá ao «front office» a possibilidade de o trocar enquanto ainda tem valor de mercado.
Norman Powell (Toronto Raptors)
Depois de quatro anos com uma utilização residual, Powell passou a jogar mais de 28 minutos por partida na última época e assinou uma média de 16.0 pontos, com uns impressionantes 39.9% de eficácia nos triplos (5.3 tentativas por jogo). O «shooting guard» tem tudo para solidificar a sua posição na liga e uma mudança de cenário, acompanhada de uma preponderância maior, pode ser uma realidade neste seu último ano de contrato, uma vez que, com tantas equipas com espaço salarial em 2021/22, Norman Powell quererá testar a «free agency» e não deve acionar a «player option» de apenas 11.6 milhões de dólares para continuar mais um ano em Toronto. Arriscar uma troca por Powell terá um risco (e um custo) baixo e a recompensa pode ser grande.
Devonte' Graham (Charlotte Hornets)
A ascensão meteórica de Graham é bonita, mas pode sofrer um revés. Ou melhor, já sofreu, no preciso momento em que os Hornets escolheram LaMelo Ball no draft de 2020. O início de temporada está a confirmar todo o potencial do irmão mais novo de Lonzo e é uma questão de tempo até LaMelo ser promovido ao cinco. Aí, o elo mais fraco será Devonte' Graham, que está a sentir a pressão do momento (baixou de 18.2 para 10.0 pontos por jogo e de 38.2% para 25.3% nos triplos, do ano passado para este ano) e até porque Terry Rozier se sente cada vez mais confortável como «shooting guard» (40.7% de três pontos em 2019/20 e 44.3% nos oito jogos desta época) e é um melhor «fit» com LaMelo Ball.
Lauri Markkanen (Chicago Bulls)
O extremo/poste finlandês parece ter dado um passo atrás na sua evolução na última época, em que registou mínimos de carreira em pontos, ressaltos e eficácia de lançamento, e a surpreendente escolha de Patrick Williams pelos Bulls no draft de 2020 é um sinal claro de que a equipa da cidade do vento quis precaver-se para a possibilidade de não chegar a acordo com Markkanen para a extensão de contrato, o que veio a confirmar-se. O preço a pagar por Lauri Markkanen será elevado, mas "The Finnisher" pode precisar apenas de uma mudança de contexto para confirmar todo o potencial que o levou a ser escolhido na 7.ª posição do draft de 2017.
Kendrick Nunn (Miami Heat)
A curta carreira de Nunn na NBA tem sido uma autêntica montanha-russa. Depois de não ter sido escolhido no draft, os Miami Heat ofereceram-lhe a hipótese de treinar com a equipa e, no arranque da sua época de estreia na liga, no ano passado, saltou para o cinco inicial e terminou a temporada como finalista do prémio de Rookie do Ano, graças à média de 15.3 pontos. No entanto, perdeu espaço nos playoffs, na "bolha" de Orlando, e esta época parece ter saído da rotação do técnico Erik Spoesltra, com apenas 12 minutos de média nas cinco partidas em que foi utilizado (contra mais de 29 minutos por jogo em 2019/20), e a promoção de Tyler Herro para a posição de base titular.
George Hill (Oklahoma City Thunder)
A entrar na 13.ª temporada na NBA, Hill tem sabido reinventar-se e vem de uma época com máximo de carreira na eficácia dos lançamentos de três pontos, uns extraordinários 46.0%. Um base que sabe marcar ritmos de jogo e tomar decisões é um luxo com que qualquer equipa de topo gostaria de contar, nem que seja para sair do banco e jogar entre 15 a 20 minutos por encontro, e George Hill é isso tudo. Como os Thunder estão em modo de reconstrução e o «general manager» Sam Presti faz coleção de escolhas de draft, é muito provável que o base veterano mude de equipa ainda antes do «trade deadline».
Marvin Bagley III (Sacramento Kings)
Bagley não está no último ano de contrato - 11.3 milhões garantidos em 2021/22 -, mas o pai do extremo/poste exigiu no Twitter que os Kings troquem o filho para outra equipa. O tweet revela que a família Bagley não está feliz e os responsáveis da equipa de Sacramento poderão ter a tentação de trocar já a 2.ª escolha do draft de 2018, para conseguirem obter um retorno maior. Com apenas 75 jogos realizados nos primeiros dois anos como profissional, Marvin Bagley perdeu valor de mercado desde o draft e muitas equipas estão atentas. Até porque, mesmo com aparições intermitentes por causa das lesões, o «big» soma médias de carreira de 14.5 pontos e 7.7 ressaltos em apenas 25 minutos de utilização.
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