O triplista português começou a final do triplo salto com 17,61 metros, ‘saltando’ logo para o topo da tabela.

No terceiro ensaio saltou 17,98m e bateu o recorde nacional por três centímetros. Seguiram-se dois saltos nulos, mas o ouro já ninguém lhe tirou.

Pichardo conversava com o pai, ia rezando, e já no quarto ensaio, nulo, apontou para o calcanhar direito, que mais tarde explicou que lhe provocou dores e chegou mesmo a sangrar, levando-o a abdicar do quinto.

O chinês Yaming Zhu, com 17,57m, e oburquinense Fabrice Zango, com 17,47m, conquistaram as medalhas de prata e de bronze, respetivamente.

Pichardo vai receber a medalha de ouro de Tóquio2020 pelas 18:47 de Tóquio, 10:47 em Lisboa, na cerimónia de pódio.

Depois de Nélson Évora, em Pequim2008, Portugal volta a subir ao lugar mais alto do pódio no triplo salto. Esta é a terceira medalha nesta disciplina técnica do atletismo, cada vez com mais história no país.

Com o salto para o ouro de Pichardo, o triplo salto iguala o judo e a maratona em número de medalhas — três.

E à quarta medalha, esta torna-se a melhor participação portuguesa de sempre em Jogos Olímpicos. Tóquio2020 supera a marca das três medalhas de Los Angeles1984 (Carlos Lopes, Rosa Mota e António Leitão) e Atenas2004 (Sérgio Paulinho, Francis Obikwelu e Rui Silva).

Portugal passou a contar com um total de 28 medalhas conquistadas em Jogos Olímpicos (cinco de ouro, nove de prata e 14 de bronze).