Depois de se terem qualificado na sétima posição, os cavaleiros Maria Caetano, Rodrigo Torres e João Miguel Torrão conquistaram 6965,5 pontos e foram ultrapassados pela Espanha (7198,5), que os relegou para o oitavo posto, que confirmou o diploma para a equipa.
Tal como na qualificação para o Grand Prix Special, Rodrigo Torres, bisneto de Domingos de Sousa Coutinho, que conquistou a medalha de bronze na prova de salto de obstáculos por equipas em Berlim1936, arrebatou a melhor pontuação lusa, com 2458,5 pontos.
“Foi espetacular, o cavalo Fogoso deu-me tudo, acho que foi uma prova limpa. Posso ter tido algum erro, não senti, mas estou supercontente, foi uma prova espetacular. Nunca pensei chegar à final, mas o cavalo superou-se e superou tudo o que podia imaginar. Ter a melhor nota e chegar à final olímpica foi um sonho realizado”, explicou o cavaleiro de Monforte, de 44 anos.
Depois da final coletiva, e do diploma conquistado pela equipa, Rodrigo Torres vai enfrentar a final individual, na quarta-feira, também à procura do melhor que conseguir.
“Tudo o que vier é bónus. É algo que nunca pensei. Quero divertir-me o mais possível, dar o máximo para ter a melhor classificação possível, esperando que os portugueses se orgulhem pelo que estamos a fazer”, frisou.
Em Fenix de Tineo, a cavaleira Maria Caetano reconheceu que a qualificação lhe correu melhor do que a final, na qual totalizou 2260 pontos.
“Foi uma experiência espetacular, tive pena de ter cometido um erro que me tirou alguns pontos, acho que um bocadinho por causa do calor. O cavalo sentiu muito e eu só senti depois, quando parei, mas foi um pico de calor durante a nossa prova, que fez com que ele fizesse um erro que tirou alguns pontos e não se apresentasse tão expressivo como na qualificação”, realçou a cavaleira, igualmente de Monforte, de 34 anos.
Também afetado pelo calor, João Miguel Torrão, de 28 anos, não escondeu o desalento com o desempenho de hoje, que se saldou em 2247 pontos.
“Hoje não correu como esperado, houve muitos, muitos erros. O cavalo [Equador] hoje estava um bocadinho quente, a fazer aqueles erros que cometeu na prova e não consegui controlar. Mesmo assim, faço um balanço positivo desta experiência única”, referiu o cavaleiro de Serpa.
O mais novo elemento da equipa nacional, que, juntamente com Maria Caetano, Rodrigo Torres e Duarte Nogueira, assegurou a vaga olímpica, com o oitavo lugar no Campeonato da Europa de 2019, em Roterdão, nos Países Baixos, não esconde que gostaria de repetir a experiência.
“Estar em Paris2024 seria muito bom, mas quero dar um passo de cada vez. Descansar e, depois, ver o que se segue”, rematou João Miguel Torrão.
Portugal regressou hoje a uma final olímpica de equipas em ensino, após Pequim2008, quando Daniel Pinto, Carlos Pinto e Miguel Ralão Duarte, que desistiu da prova porque a égua mostrou medo do ecrã instalado no recinto.
Antes, nesta disciplina, Portugal conquistou uma medalha de bronze, em Londres1948, por Francisco Valadas Jr., Fernando Paes e Luís Mena, tendo os dois primeiros também chegado à final em Helsínquia1952, então com Reimão Nogueira.
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