O britânico, com sua chegada de destaque à 'Scuderia' depois de doze anos na Mercedes na qual coquistou seis títulos mundiais, procurará o oitavo, o que seria um recorde da história da F1.

Verstappen, o defensor da coroa

Após quatro anos de domínio quase absoluto, Verstappen (Red Bull) aparece como favorito ao quinto título consecutivo, o que ampliaria a sua lenda na principal categoria do automobilismo.

Mas 2024 não foi um mar de rosas, como em 2023, quando emendou vitórias sem grandes dificuldades. Começou a temporada com sete vitórias em dez corridas, mas "Super Max" mostrou depois que era vulnerável.

"Tenho a certeza de que em 2025 lhe daremos um carro que permitirá lutar pelo campeonato novamente", prometeu o seu chefe, Christian Horner.

"Não creio que será fácil, mas não será fácil para nenhuma das equipas", acrescentou.

Norris, a confirmação

Principal rival de "Mad Max' nesta temporada", Norris (McLaren) mostrou que tem tudo para lutar pelo título.

Nesta temporada que se encerrou, as melhorias na McLaren levaram a equipa britânica à conquista do título de construtores, permitiram que fosse cada vez mais competitivo, lutando pelas primeiras posições em quase todos os fins de semana.

O jovem de 25 anos, que fez a sua melhor temporada na F1 desde a sua estreia em 2019, admitiu no mês passado que "provavelmente" não estava pronto para enfrentar a Red Bull e Verstappen.

Mas Norris mostrou-se muito confiante para o próximo ano, ao volante de um carro "com o qual todos acreditam que podem ganhar o campeonato".

"Sinto-me capaz de lutar pelo campeonato, posso dizer isso com confiança, tenho o que é preciso, tenho que trabalhar algumas coisas, mas posso lutar contra o Max", acrescentou.

Piastri, a alternativa

Muito regular, Oscar Piastri (McLaren) mostrou nesta temporada, apenas a segunda na elite, que pode ser um sério candidato ao título como seu companheiro Norris em 2025.

O australiano conquistou as duas primeiras vitórias em Grandes Prémios deste ano (Hungria e Azerbaijão).

O suficiente para pensar no título? Fiel a si mesmo, o australiano prefere contemporizar: "A competição será incrivelmente dura, independentemente do adversário que se enfrenta".

"Como equipa, ser rápido desde a primeira corrida do ano será importante. Max tinha uma grande vantagem no início desta temporada, e manteve-a, o que é impressionante, considerando que muitas vezes não tinha o carro mais rápido".

O australiano terá que melhorar na classificação para conseguir a sua primeira pole.

Hamilton, a lenda

Mais uma vez será o piloto mais assistido. Prestes a completar 40 anos – em janeiro – Hamilton virará a página da sua era de ouro com a Mercedes, seis títulos mundiais em 12 anos, para assumir um dos volantes da Ferrari.

O objetivo? Um oitavo título mundial que lhe permitirá superar o alemão Michael Schumacher e tornar-se o piloto com mais campeonatos conquistados da história.

A Ferrari, numa temporada de altos e baixos, espera que a chegada do astro britânico lhe permita dar um salto de qualidade, depois de terminar esta temporada no segundo lugar do Mundial de Construtores, atrás da McLaren (a Mercedes terminou em 4º).

Leclerc, a incógnita

Charles Leclerc, a grande esperança da Ferrari de reconquistar um título mundial de pilotos, que não vem desde 2007, pode acabar a ser deslocado com a chegada de Hamilton.

"Sinto-me preparado", garantiu esta semana à AFP, "confiante" em que a sua equipa "estará numa posição melhor" do que em 2024.

O monegasco, um produto 100% da Ferrari, terminou em terceiro no Mundial de 2024, atrás de Max Verstappen e Norris.