Em comunicado, a SAD do clube da II Liga de futebol informa que o Tribunal da Relação de Coimbra deu provimento ao recurso apresentado pelo presidente da SAD, António da Silva Albino, revogando a decisão de 1.ª Instância, do Tribunal Judicial de Viseu, datada de 11 de outubro de 2019, que havia decretado o arrolamento das ações, impedindo a sua venda, mas o ex-diretor desportivo, André Castro, garantiu à Lusa que vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.
O caso tem-se arrastado desde uma Assembleia Geral do clube, em 27 de janeiro de 2018, quando António Albino disse ser detentor da maioria das ações da SAD, mas André Castro tem um entendimento diferente, e reclamou nessa reunião magna de sócios a titularidade de 51% das ações através da empresa Sportivision, da qual era sócio com a mulher, Daniela Lima.
Depois de ter visto o Tribunal de Viseu dar-lhe razão na intenção de impedir a alienação das ações, enquanto não fosse definida a titularidade das mesmas, agora, a Relação de Coimbra, num acórdão datado de 04 de fevereiro, revoga a decisão e repõe a situação anterior, com a restituição das ações ao presidente António Albino.
André Castro mostrou-se "estupefacto" por esta decisão do Tribunal da Relação, e disse à agência Lusa achar "estranho que os advogados do Académico neste processo sejam João Correia e Fernando Seara, os dois com ligações ao Benfica".
O ex-diretor desportivo do clube viseense vai mais longe e aponta o dedo a Arlindo Oliveira, um dos três juízes que assinam o acórdão: "Acho estranho que com dois advogados ligados ao Benfica, o acórdão seja assinado por um juiz que consta na famosa lista dos 44 que recebiam favores do clube", disse.
"Eu não ando a dormir, e vou manter-me atento" acrescenta, garantindo que vai apresentar recurso no Supremo Tribunal de Justiça, confiante que "a decisão será certamente diferente".
Sobre a decisão do Tribunal da Relação de Coimbra, a SAD do Académico de Viseu, em comunicado, considera que "foi reposta a verdade e que foi feita Justiça".
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