Segundo o El País, o magistrado Luis Francisco de Jorge impôs ao ex-presidente uma medida cautelar que o impede de estar a menos de 200 metros da jogadora Jenni Hermoso. Rubiales também não pode comunicar com a jogadora durante a investigação.
Inicialmente foi referida uma ordem de restrição que estipulava que Rubiales teria de manter uma distância de 500 metros de Hermoso, mas o juiz reduziu a distância.
Rubiales não terá, no entanto, a obrigatoriedade, como pretendia o ministério público, de se apresentar periodicamente.
A advogada de Jenni Hermoso, Carla Vall, pretendia que o antigo dirigente máximo do futebol espanhol tivesse apresentações quinzenais em tribunal e que os seus bens fossem preventivamente confiscados, requerimento que não foi atendido.
Luís Rubiales compareceu hoje em audiência e respondeu às perguntas durante 45 minutos, no âmbito das queixas que recaem sobre si e ainda no âmbito do Mundial2023 de futebol, que a Espanha ganhou, e no qual o ex-presidente da RFEF teve comportamentos inapropriados.
Espanha ganhou o mundial de futebol que este ano se realizou na Nova Zelândia e na Austrália e cuja final ficou marcada pelo beijo na boca que o então presidente da RFEF, Luis Rubiales, deu à jogadora Jenni Hermoso, durante as celebrações da vitória no estádio de Sydney.
Jeni Hermoso disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma Rubiales.
O comportamento de Rubiales valeu-lhe a abertura de processos disciplinares pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha e por parte da FIFA, que o suspendeu do cargo durante 90 dias.
A jogadora apresentou, por seu turno, uma queixa na justiça por agressão sexual de Rubiales, que inicialmente recusou demitir-se, mas que acabou por se demitir do cargo.
Logo nos dias posteriores à final do mundial, mais de 80 futebolistas espanholas divulgaram um comunicado de solidariedade com Jenni Hermoso e anunciaram que recusavam jogar na seleção nacional de Espanha se não houvesse mudanças na federação.
Além da saída de Rubiales, a federação demitiu o treinador da seleção feminina, Jorge Vilda, e substituiu-o por Montsé Tomé, que era a 'número dois' do selecionador.
Segundo as notícias divulgadas hoje, 41 futebolistas consideram as mudanças insuficientes e mantêm a recusa em integrar a seleção espanhola.
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