O adiamento foi benéfico para a preparação ou foi mais um momento de ansiedade?
Foi mais um momento de ansiedade, pois, como era um grande sonho nosso, tivemos de adiá-lo mais um ano.
Beneficiou com o adiamento ou está nos Jogos devido a esse facto?
Não. Disputámos a nossa qualificação normalmente, podia ter sido em março de 2020 ou março de 2021.
Há quanto tempo está a preparar os Jogos Olímpicos?
Na carreira de um atleta este pode ser considerado o momento mais alto, por isso, preparamo-nos todos os dias.
Ao longo deste ciclo Olímpico, quando é que pensou: este é momento do “tudo ou nada”?
No jogo com a França, em Montpellier, onde sabíamos que só dependíamos de nós para conquistar um merecido lugar nos Jogos Olímpicos.
Qual o pior momento na preparação?
Foi a perda de um grande amigo, Alfredo Quintana, no caminho que ele também tinha traçado para si e para nós.
Que preparação específica foi feita? (Por exemplo, vai alterar os ciclos de sono antecipadamente face à diferença horária?)
Neste momento estamos a preparar-nos normalmente para os Jogos em Tóquio, onde será colmatada a situação do jet lag.
Qual a maior dificuldade que espera encontrar em Tóquio?
Iremos jogar contra a campeã do mundo e olímpica em título (Dinamarca), portanto não esperamos facilidades dos nossos adversários. Mas tudo faremos para conquistar um lugar na próxima fase.
Qual a coisa mais inusitada que leva na bagagem para o Japão?
Uma pequena pedra do Castelo de Guimarães.
Quais são os objetivos em termos de resultados/marcas?
Tal como já referi, queremos a passagem aos quartos de final. É o nosso primeiro grande objetivo e, a partir daí, sonhar com algo maior.
O que é um bom resultado olímpico para Portugal?
Só a presença em si, acaba por ser um resultado incrível, mas agora vamos lá para continuar a fazer história.
Qual a primeira memória que tem dos Jogos Olímpicos?
Ver o Rui Silva a ganhar a medalha de bronze em 2004 em Atenas, nos 1500 metros.
Quem é o melhor atleta olímpico de sempre na sua modalidade?
Nikola Karabatic.
Se ganhar uma medalha, a quem a vai dedicar?
Irei dedicar a minha medalha a Alfredo Quintana e à minha família.
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Memórias, objetivos e até uma pandemia. Rumo aos Jogos Olímpicos, que se realizam de 23 de julho a 8 de agosto em Tóquio, no Japão, desafiámos alguns dos nossos atletas a responder a um Questionário Olímpico.
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