O Sporting foi o único entre os três grandes do futebol português a reduzir o passivo nas contas consolidadas. Nas vésperas do único debate entre os dois candidatos, Bruno de Carvalho e Pedro Madeira Rodrigues, que acontecerá amanhã, a candidatura de Bruno de Carvalho enviou uma nota às redações apresentando um comparativo com as contas do Benfica e Porto ao mesmo tempo que faz um raio-x ao mandato do atual presidente, destacando a redução do passivo, o crescimento do número de sócios e o aumento de vendas de game boxes e receitas.
De acordo com o documento, o passivo consolidado dos leões em 30 de junho de 2016 cifrava-se nos 355 milhões de euros, sendo que a 30 de junho de 2013 era de 442,7 milhões de euros, uma redução conseguida com a “conversão de créditos e um equilíbrio operacional”, lê-se no documento. No mesmo período, e por comparação, as águias viram o passivo subir 15 milhões de euros (de 440,5, em 2013, para 455,5 milhões de euros, em 2016) e os dragões também registaram um crescimento exponencial, passando de 220,2 milhões para 249,2 milhões de euros.
Segundo os dados facultados pela Lista B, a dívida líquida do clube de Alvalade durante o mandato de Bruno de Carvalho registou uma redução de 77 milhões de euros (passando de 281,2 para 204,5 milhões de euros entre 2013 e 2016). Uma tendência de descida acompanhada pelo clube da Luz (reduziu de 289,8 para 280,1 milhões de euros). Em sentido contrário, a dívida liquida do Porto subiu 28,6 milhões de euros (de 77,5 para 106,1 milhões de euros).
No total do ativo, aí Benfica (476,4 milhões de euros) e Porto (375 milhões de euros) ficam a uma distância considerável dos leões, que apresentam 180 milhões de euros, embora refiram “que não reflete de forma alguma o valor do mesmo”.
Nos resultados líquidos, depois de dois anos positivos (2014 e 2015), passou de -51,3 milhões em 30 de junho 2013 para -13,6 milhões de euros, a 30 de junho de 2016.
Ainda sobre as contas consolidadas o mesmo documento destaca que os proveitos correntes (que engloba direitos Sporting TV, vendas, quotizações, patrocínios, publicidade, bilheteira e bilhetes de época, direitos televisivos e outros) do Grupo cresceram “cerca de 45% quando comparado com a época desportiva 2012/13”, realçando “o contrato de 515 milhões de euros com a NOS”. Na época 2013/2014 totalizavam 42,6 milhões de euros, sendo que no ano passado se situou nos 67,6 milhões de euros.
O crescimento o número de sócios tem sido uma bandeira do atual presidente. Em janeiro de 2017 eram 152 mil associados, sendo que 81,667 tinham as quotas em dia. Recorde-se que para as eleições estão inscritos nos cadernos eleitorais 43,600 sócios (sendo que nas últimas eleições o número foi de 32,518 votantes).
Por último, a venda de gameboxes (lugares anuais excluindo camarotes) e bilhetes tem vindo a crescer, sendo que na época transata as receitas foram de 8,3 milhões de euros (4,5 para a venda de lugares anuais e 3,8 de bilheteira). Este ano, 28,165 adeptos garantiram o seu lugar em Alvalade, “valor que não era atingido desde a época de 2007/08”, lê-se no documento.
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