Treinador dos ‘encarnados’ em duas ocasiões, de 1982/83 a 1983/84 e de 1989/90 a 1991/92, Sven-Göran Eriksson, agora com 76 anos, regressou a Lisboa para fazer parte de um jogo especial, que reedita a eliminatória das meias-finais da Taça dos Campeões Europeus de 1989/90 — o Benfica chegaria à final, que perdeu frente ao AC Milan (1-0).
Sob uma grandiosa ovação dos milhares de adeptos benfiquistas presentes no Estádio da Luz, Eriksson surgiu no relvado com uma ‘guarda de honra’ composta por ‘glórias’ do Benfica que se cruzaram com o técnico, vestidos com as camisolas daquela época.
“Muitas emoções e choro. É lindo. Obrigado a todos os benfiquistas. Força, Benfica! Muita sorte para o futuro, a Rui Costa e a todos os benfiquistas”, expressou Eriksson, antes de receber um galardão Cosme Damião pelas mãos do presidente dos lisboetas.
A acompanhar o sueco, estiveram Valdo, António Bastos Lopes, Carlos Pereira, Álvaro Magalhães, Alberto Bastos Lopes, Kenedy, Paulo Madeira, José Manuel Delgado, Pedro Valido, Dias Graça, Shéu, Rui Águas, João Alves, Paulo Padinha, Vítor Paneira, António Veloso, José Carlos, William, Filipovic, César Brito, Manniche, Diamantino, Humberto Coelho, Carlos Manuel, Toni, aplaudidos um a um pelos adeptos benfiquistas.
Em declarações à rádio sueca P1, em janeiro, Sven-Göran Eriksson disse ter um cancro inoperável no pâncreas, descoberto após um “colapso súbito” e que ficou a saber que, “na melhor das hipóteses”, terá um ano de vida, ou mesmo, “talvez um pouco menos”.
No final de março, Eriksson já tinha sido homenageado pelo Benfica durante a gala de comemoração do 120.º aniversário do clube, expressando, através de uma mensagem gravada em vídeo, o desejo de ver um encontro do Benfica antes do fim da temporada.
Eriksson começou por se notabilizar no Gotemburgo, equipa com a qual conquistou a Taça UEFA em 1982, transferindo-se na época seguinte para o Benfica, onde voltou a estar na final da competição, que perdeu contra os belgas do Anderlecht, a duas mãos.
Pelas ‘águias’, o treinador conquistou três campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, sendo ainda finalista vencido na Taça dos Campeões Europeus de 1989/90.
Na carreira, Eriksson triunfou também em Itália e na Suécia, tendo conquistado, a nível europeu, uma Supertaça Europeia e uma Taça das Taças, ambas nos italianos da Lazio.
O treinador comandou ainda equipas como Roma, Fiorentina, Sampdoria, Manchester City, Notts County, Leicester, Guangzhou, Shanghai SIPG ou Shenzhen, além de ter sido selecionador de Inglaterra, México, Costa do Marfim e Filipinas.
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