A opinião surgiu na conferência de imprensa de antevisão à receção de sábado ao Nacional, da 32.ª jornada da I Liga e após lhe ter sido perguntado se tinha informações acerca de eventuais incentivos oferecidos a certas equipas para vencerem os seus adversários.
"Isso não. Pode haver, numa situação ou noutra, um incentivo para se estar mais focado, mas quem joga não pensa assim, porque a maioria dos jogadores gosta de ganhar", sustentou.
Miguel Leal admite, contudo, que "pode haver um ou outro caso, como também pode haver um caso em que se vende para o lado contrário".
"Mas não me parece que isso seja tão normal quanto se fala", reforçou.
O treinador boavisteiro referiu depois que se "deve valorizar aquilo que passa dentro dos campos [de futebol]".
"Ultimamente, andamos a falar muito do que passa fora do campo", completou, observando que "não há produto nenhum que seja para vender, como é o futebol, estando constantemente a dizer mal desse produto".
A sua leitura é que, assim, está-se a "denegrir o futebol" e isso, prosseguiu, não contribui para a sua imagem e, "se calhar, é um das principais razões por que os estádios, às vezes, não enchem tanto ou não têm tanta gente".
"Temos que valorizar o futebol e aquilo que se faz bem, mas a nossa cultura é só dizer mal. Depois queremos que as pessoas gostem de futebol. Não pode ser", considerou.
Questionado sobre possíveis medidas, Miguel Leal respondeu que "há muita formas" para combater a situação e que tem "sugestões".
"A comunicação social tem um papel importante aí", opinou, apontando o dedo, especialmente, aos programas [televisivos] em que se valoriza o que não se deve valorizar".
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