A EFE noticia hoje que o tribunal, com sede em Madrid e jurisdição em todo o território espanhol, rejeitou os recursos de Rubiales e do ex-selecionador feminino de futebol Jorge Vilda, que será igualmente julgado, num processo em que também está em causa o crime de coação sobre a futebolista.
Além de Rubiales e Vilda, tinham recorrido da decisão do juiz Francisco de Jorge de levar o caso a julgamento outras duas pessoas investigadas: Albert Luque, ex-diretor desportivo da seleção, e Rubén Rivera, antigo responsável de marketing.
O juiz considerou que o beijo dado pelo ex-dirigente máximo da RFEF à jogadora, após a conquista do título mundial, na Austrália e Nova Zelândia, “não foi consentido, foi uma ação unilateral e de surpresa” e que o selecionador Jorge Vilda “exerceu pressão” sobre Hermoso.
“A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento”, indicou o juiz.
A argumentação foi neste sentido, face às justificações de Rubiales, quando disse que a situação ocorreu num “momento de felicidade, de grande alegria e no momento”, rejeitando qualquer “conotação sexual”.
Após os acontecimentos, o dirigente, que inicialmente recusou a demissão do cargo — o que viria a acontecer em 10 de setembro do ano passado -, disse ter sido um pequeno beijo consentido e referiu estar a ser alvo de um “falso feminismo”.
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