“Tanto em termos de equipa como individuais, tivemos sensações positivas de que estamos próximos de que os pontos aconteçam com regularidade e é nisso que nos focamos e agarramos, no sentido de que essa confiança se instale e que naturalmente os pontos surjam para aquilo que temos vindo a produzir”, ansiou Vasco Seabra, certo de que os seus comandados têm vindo a trabalhar para alcançar melhores resultados que aqueles que têm conseguido.
Na antevisão à partida, o técnico reconheceu que a falta de confiança tem traído o Estoril Praia em alguns momentos e evitado que o conjunto da Linha de Cascais pudesse ter somado mais pontos.
“Estamos insatisfeitos por não os termos conseguido, isso é evidente, e não temos receio nenhum em dizê-lo. Há que também dizer que sabemos que vamos defrontar um adversário muito difícil”, reconheceu, em véspera de visitar o reduto de um candidato ao título que, em caso de triunfo, igualará provisoriamente o Sporting na liderança.
Vasco Seabra insistiu ainda sobre os efeitos nefastos para uma equipa afetada na sua autoconfiança, lembrando que “uma sequência muito grande de vitórias” tranquiliza qualquer equipa e que o contrário também se aplica, como sucede com os ‘canarinhos’, que não vencem para o campeonato desde agosto.
“Obviamente que quando temos uma sequência muito grande de vitórias inconscientemente sentimo-nos mais capazes. Às vezes, queremos acertar na bola, acertamos mal, enganamos o guarda-redes e fazemos golo”, disse Vasco Seabra, que pretende recuperar os índices de confiança da equipa com uma prestação e resultado moralizadores no Dragão.
Uma eventual surpresa em casa do FC Porto dependerá da eficácia defensiva do Estoril Praia na bola parada, momento do jogo em que tem sofrido golos com regularidade e que contribui ativamente para a longa série de jogos sem vencer no campeonato.
“É verdade, não vamos escondê-lo, são dados claros e evidentes para todos. É um momento em que estamos em desenvolvimento, em que estamos a construir cada vez melhor a nossa base de ataque à bola e a nossa forma de termos também os nossos apoios para que possamos estar mais estáveis no momento de atacar a bola com mais efetividade. Desde que estou cá, penso que sofremos seis golos e acredito que foram quatro de bola parada, de livre e de penálti. Portanto, sentimos que em jogo corrido a equipa tem vindo a estancar o número de oportunidades que concede”, apontou.
Face à lesão prolongada de Erick Cabaco e os problemas físicos de Eliaquim Mangala, o Estoril Praia apresenta-se limitado no número de defesas centrais. Ainda assim, o técnico não se concentra em pensar já na reabertura do mercado, preferindo encontrar soluções internas para o problema.
“O Estoril tem um departamento de scouting muito competente e eu, no meu caso, foco-me naqueles que tenho atualmente, que são os melhores que poderíamos ter, por isso é com eles que vamos e com essa confiança que temos neles”, concluiu, num reforço de motivação para os defensores que tem à disposição.
FC Porto e Estoril Praia defrontam-se na sexta-feira, às 20:15, no Estádio do Dragão, no Porto, em jogo com arbitragem de Tiago Martins, da associação de Lisboa.
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