“O contrarrelógio final em Viseu terá uma quilometragem ligeiramente superior aos últimos anos, com 26,6 quilómetros para fazer o acerto de contas final nesta edição da prova”, revelou Joaquim Gomes.
A prova, que decorre entre 24 de julho e 04 de agosto, foi apresentada em Viseu, o que ocorre “pela primeira vez no século XXI fora de Lisboa”, tendo Joaquim Gomes, aos jornalistas, destacado outras novidades desta edição.
“Pela primeira vez, uma parte substancial do percurso do contrarrelógio vai às freguesias mais orientais do concelho de Viseu”, destacou Joaquim Gomes, que enalteceu os “23 anos de ligação sucessiva de Viseu à volta”.
Vai ser um início de prova “anormalmente exigente”, após o prólogo urbano em Águeda, com a ligação de Anadia a Miranda do Corvo, e vai também “recuperar o observatório” de Vila Nova, com passagem junto ao santuário do senhor da Serra”.
“Os principais protagonistas, os grandes candidatos presentes, à partida, desta volta a Portugal terão oportunidade de firmar imediatamente na primeira etapa em linha a sua candidatura à vitória na prova”, sublinhou.
Joaquim Gomes admitiu ainda que este ano, após a quarta etapa, que vai ligar o Crato à serra da Estrela, haverá um lote com cerca de 20 corredores, “do qual, certamente, sairá o vencedor da 85.ª edição da volta”.
O diretor desportivo da Volta Gomes destacou as “duas grandes estreias” para o início de etapas, o concelho do Crato, distrito de Portalegre, e Penedono, no distrito de Viseu.
Os 50 anos que marcaram a Revolução do 25 de Abril foram igualmente referenciados: “Tal como aconteceu com o capitão Salgueiro Maia, que marchou para Lisboa na madrugada do dia 25 de Abril, a segunda etapa vai ligar exatamente Santarém a Lisboa, porque quisemos celebrar esta efeméride”.
Na cerimónia de apresentação, no Teatro de Viriato, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, destacou que a volta “é um dos espetáculos mais dinâmicos do país”.
À tribuna subiu também o presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, para lembrar que a cidade é “capital da bicicleta, porque faz lá muitas bicicletas e tem sido, nos últimos anos, a cidade que mais provas acolhe”, além de contar agora com uma escola de ciclismo”.
A fechar a cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Viseu, cidade que recebe o fim da prova ‘rainha’, foi defender “o ciclismo como uma forma de combater as assimetrias que existem” entre litoral e interior.
“A volta traz muita gente, que, de outra forma, não viria ao coração de Portugal, porque se o país fosse o corpo humano, Viseu fica no lugar do coração, e por isso, a volta também ajuda a combater as assimetrias do país”, assinalou Fernando Ruas.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, destacou a “ligação profunda ao território” que o ciclismo tem e enalteceu os autarcas, que “são o grande apoio e financiadores” da prova.
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