
“Estive com ele (Donald Trump) na Sala Oval há pouco e ele vai anunciar essa decisão amanhã [quarta-feira], não quero antecipar-me ao Presidente”, explicou a porta-voz numa conferência de imprensa, quando questionada sobre a possibilidade de Washington optar por direitos aduaneiros generalizados de 20% para praticamente todas as importações que entram nos EUA.
Leavitt detalhou, a respeito do plano de tarifas que será apresentado quarta-feira, que “(o Presidente) está com a sua equipa de comércio e tarifas neste momento, aperfeiçoando-o para garantir que é um acordo perfeito para o povo americano e os trabalhadores americanos”.
Trump apelidou de “Dia da Libertação” o dia 02 de abril, data em que tenciona anunciar o seu plano de taxas comerciais mais ambicioso até à data, com Leavitt a afirmar hoje que esse dia marcará o “fim do roubo à América”, vincando que as tarifas serão aplicadas “imediatamente”.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, vai anunciar as suas tarifas globais na quarta-feira às 16:00 em Washington (20:00 em Portugal), após o fecho das negociações em Wall Street, anunciou também hoje a Casa Branca.
O evento, apelidado de “Make America Wealthy Again” (“Tornar a América novamente rica”), terá lugar no Jardim das Rosas da Casa Branca e, segundo o anúncio da presidência norte-americana, Trump fará declarações na ocasião.
Em declarações aos jornalistas a partir da Sala Oval, o Presidente republicano disse que vai ser “muito recíproco, relativamente falando” com estas imposições contra alguns dos principais parceiros comerciais dos EUA.
“A palavra ‘recíproco’ é muito importante (…). Nós pagamos-lhes o que eles nos fazem”, acrescentou Trump, que se recusou a dar mais pormenores sobre o montante das tarifas ou sobre a sua repartição por países e setores.
O secretário do Comércio, Howard Lutnick, deverá apresentar a Trump, ainda hoje, um relatório que detalha as barreiras comerciais e fiscais – como o IVA europeu – que outros países impõem aos produtos americanos.
Este documento deverá ser fundamental para uma decisão final ainda incerta de Trump, que garantiu não estar preocupado com o facto de esta política aproximar alguns dos seus aliados da China.
Na quinta-feira, está prevista a entrada em vigor de tarifas de 25% sobre todos os automóveis importados para os EUA. No entanto, Trump decidiu que as peças de automóveis fabricadas nos vizinhos México e Canadá ficarão temporariamente isentas da tarifa de 25%.
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