A apresentadora Cristina Ferreira vai regressar à TVI em setembro como diretora de entretenimento e ficção, tendo manifestado interesse junto da Prisa, dona da Media Capital, em comprar uma participação no capital social da dona da estação.
Esta informação foi divulgada na sexta-feira após o fecho da bolsa e surpreendeu o mercado, uma vez que a apresentadora tinha contrato com a SIC até 2022.
No primeiro dia de negociação das ações após o anúncio da saída, as ações da Impresa recuaram cerca de 4% na abertura e cerca das 10:15, hora de Lisboa, perdiam 3,65% para 0,13 euros.
Em comunicado, na sexta-feira, a SIC informou que Cristina Ferreira "decidiu cessar unilateralmente a sua ligação à SIC, colocando termo ao contrato que a vinculava até 30 de novembro de 2022".
Lamentando "a decisão abrupta e surpreendente" e "apesar da desilusão", a SIC agradeceu "o trabalho de Cristina Ferreira desenvolvido ao longo deste curto, mas intenso período, no seio de uma equipa vencedora, que continuará a empenhar o seu talento e profissionalismo para merecer a confiança do público".
Na altura, o canal do grupo Impresa informou que "reserva todos os seus direitos em face desta situação".
Há quase dois anos, mais precisamente em agosto de 2018, a TVI anunciava a saída de Cristina Ferreira, após 16 anos na empresa.
Em 07 de janeiro de 2019, a apresentadora arrancava com o "Programa da Cristina" na SIC, que estreou a liderar, atingindo um resultado histórico de 40,1% de 'share', valor que a estação não registava desde 2002.
Há cerca de dois meses, mais concretamente em 14 de maio, o empresário Mário Ferreira comprou 30,22% da Media Capital, através da Pluris Investments, numa operação realizada por meio da transferência em bloco das ações por 10,5 milhões de euros.
Com a cessação unilateral do contrato com a SIC, Cristina Ferreira deverá ter de ressarcir o canal em, pelo menos, quatro milhões de euros, de acordo com fonte ligada ao processo. Daquele montante, dois milhões de euros correspondem ao salário.
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