As sete agências a fechar são Queluz-Estação, Massamá-Norte, Cascais-Cidadela e Santana (Sesimbra), a Sul de Portugal, e Ponte de Lima, Pinheiro Manso e Camões (ambas no Porto), no Norte do país, segundo informação interna a que a Lusa teve acesso.
O BPI já reduziu nos últimos anos a sua dimensão, tanto com fecho de agências como com a saída de milhares de trabalhadores em rescisões por mútuo acordo e reformas, mas este processo de emagrecimento ainda vai continuar, nomeadamente tendo em conta os planos do grupo bancário espanhol CaixaBank, que desde fevereiro controla mais de 80% do banco português.
Desde já, está em curso um novo processo de redução de efetivos. Fontes sindicais indicaram à Lusa que deverão sair 400 trabalhadores, através de rescisões por mútuo acordo e mais 200 através de reformas antecipadas.
Quanto à rede de agências, no final de abril, o futuro presidente do BPI, o espanhol Pablo Forero, disse que está “contente” com a rede de cerca de 500 balcões, mas admitiu encerramentos pontuais.
“Os 500 balcões que temos é razoável, podemos tecnicamente abrir uns e fechar outros, mas a rede de balcões não é parte das sinergias”, afirmou o gestor na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre, período em que o banco teve prejuízos de 122,3 milhões de euros devido ao impacto da venda parcial do Banco de Fomento de Angola (BFA) à operadora angolana Unitel.
O BPI tinha, no final de março, 5.445 trabalhadores e 538 agências em Portugal, menos sete agências do que no final de dezembro de 2016, isto já somando a rede de balcões de retalho, centros de investimento e de empresa e ainda os balcões da sucursal de Paris, que para as contas são integrados na operação doméstica.
Desde que comprou a maior parte do BPI que o CaixaBank iniciou um processo visando a reestruturação do banco, desde logo lançando o “plano de 100 dias” com vista a saber onde fazer mudanças na operação para cortar custos e aumentar receitas.
Na semana passada, a Lusa noticiou que a comissão executiva do BPI aprovou a reorganização interna do banco, que terá efeitos a partir de junho.
Entre as alterações, é criada a unidade de banca corporativa e de investimento, que “integra os 25 principais grupos empresariais portugueses e as áreas de produtos de banca de investimento”, e a área de banca de investimento fica obrigada a reporte direto a Espanha.
Comentários