“Isto é a nossa vida e estamos preparados para abrir e é evidente que com os distanciamentos que são necessários, mas em termos de negócio estamos com menos capacidade”, disse à Lusa o presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia.
Para João Carreira, “este é um ano perdido, um ano atípico em termos de negócio e um ano muito negativo para todos os concessionários”.
“Há muita gente que ainda está a preparar os apoios para abrir, está tudo muito atrasado. Também em termos de contratação de pessoal não vamos ter os números que tínhamos, vai haver menos contratação”, indicou.
Além disso, afirmou, há um problema com a “falta de nadadores-salvadores”, que está também a causar “um acréscimo gigante” na remuneração dos vigilantes.
Desde abril, a Federação Portuguesa de Nadadores-salvadores tem vindo a alertar que poderão faltar cerca de 1.500 a 2.000 nadadores-salvadores para a próxima época balnear, porque os cursos foram interrompidos com a declaração do estado de emergência.
“Se não houver ajudas por parte das autarquias, porque há muitas que estão a ajudar pelo país fora, há concessionários que preferem estar fechados porque não conseguem fazer face às despesas que vão ter com os custos de assistência à praia”, explicou João Carreira.
O responsável não conseguiu precisar quantos estabelecimentos estão com dificuldades, mas indicou que há “uma grande percentagem mais no norte que não vai abrir” durante a época balnear, que se inicia no sábado.
Segundo as recomendações do Governo, este verão, os utentes das praias devem assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos e afastamento de três metros entre chapéus-de-sol, toldos ou colmos.
Já os restaurantes, bares ou esplanadas devem higienizar regularmente os espaços (com o mínimo de quatro limpezas diárias), limitar a capacidade a 50% e reorganizar as esplanadas para assegurar o distanciamento de segurança.
Os toldos e chapéus a cargo dos concessionários só poderão ser alugados por cada pessoa ou grupo numa manhã (até às 13:30) ou tarde (a partir das 14:00) e todos os equipamentos como gaivotas, chuveiros, espreguiçadeiras ou cinzeiros “devem ser higienizados diariamente ou sempre que ocorra a mudança de utente”.
Portugal contabiliza pelo menos 1.447 mortos associados à covid-19 em 33.261 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Relativamente a terça-feira, há mais 11 mortos (+0,8%) e mais 366 casos de infeção (+1,1%).
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