“Entre as injeções que o Estado pôs e as garantias que o Estado deu, nesta altura temos cerca de 115 milhões de euros. Não digo que isto seja dinheiro perdido, vamos tentar em todo o processo de negociação ver como é que as coisas se vão articular”, referiu o ministro numa conferência de imprensa conjunta com os ministros da Economia e da Segurança Social.
Defendendo que a Efacec “é uma grande empresa tecnológica nacional”, Costa Silva considerou que o seu problema “é de estratégia e de decisão sobre os mercados prioritários”.
No dia 28 de outubro, o executivo anunciou que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída “dado não se terem verificado todas as condições necessárias à concretização” do acordo de alienação.
No mesmo dia, a DST sublinhou o empenho de todas as partes envolvidas na compra da Efacec, notando que não foi possível verificar as condições para o acordo de venda da empresa”.
No início do mês, e após um novo período de apresentação de propostas vinculativas, a Parpública, que está a conduzir o processo de venda, anunciou que recebeu manifestações de interesse de oito candidatos.
Agora, o ministro da Economia detalhou que há “sete companhias interessadas: quatro nacionais e três internacionais”.
“Creio que vamos chegar a bom porto nas negociações que vão ter lugar. Espero que em janeiro, início de fevereiro, haja uma orientação clara sobre isso”, sublinhou.
A Efacec sofreu em julho de 2020 um processo de intervenção do Estado e estava em processo de venda à portuguesa DST.
A entrada do Estado na Efacec decorreu da saída de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, da esfera acionista, na sequência do envolvimento no caso ‘Luanda Leaks’, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.
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