Na atualização do relatório 'Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2017-2021', apresentada hoje, o CFP revê em alta a projeção do crescimento económico para este ano, dos 1,7% previstos em março para 2,7%, justificando com a "forte aceleração" do investimento e das exportações, "a que se associou a rápida quebra do desemprego e a retoma de confiança na economia".
A entidade liderada por Teodora Cardoso melhorou também a projeção para o défice orçamental deste ano, estimando agora que, no final de 2017, represente 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), quando em março estimava que totalizasse 1,7% do PIB.
Este valor inclui a recuperação das garantias prestadas pelo Estado ao Banco Privado Português (BPP), que o CFP contabiliza em cerca de 0,2% do PIB. Recorde-se que o Governo previa, no Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), recuperar 450 milhões de euros com esta medida. Sem esta medida, afirma o CFP, o défice de 2017 seria de 1,6% do PIB.
A entidade projeta também uma trajetória do rácio da dívida pública, de 130,1% do PIB no final de 2016 para 112,9% do PIB em 2021.
As projeções do CFP mais otimistas do que as do Governo, que, no Programa de Estabilidade 2017-2021, estimava que a economia crescesse 1,8% este ano (embora, no verão, o ministro das Finanças, Mário Centeno, tenha admitido que o PIB avançasse 2% em 2017) e que o défice orçamental fosse de 1,5% do PIB.
O cenário do CFP assenta num cenário de políticas invariantes, ou seja, tendo em consideração apenas as medidas tomadas até ao momento.
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