"Foram incluídas recomendações do Banco de Portugal por modificação do projeto de estatutos da CEMG, aprovado em Assembleia Geral de 22 de novembro de 2016, por maioria", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Esta foi a terceira 'ronda' desta AG, cuja primeira sessão teve lugar a 22 de novembro de 2016, tendo sido retomada a 13 de dezembro de 2016 e finalizada hoje, com os últimos dois pontos.
Além da inclusão das recomendações do BdP no projeto de estatutos, foi também deliberado que o Conselho de Administração executivo da CEMG "formalize a instrução do processo de transformação em Sociedade Anónima, apenas com um voto de abstenção".
A 13 de dezembro, foi aprovada, por unanimidade, a transformação do banco em sociedade anónima e a alteração dos seus estatutos, disse na altura à Lusa fonte oficial do Montepio.
"A assembleia-geral aprovou por unanimidade a passagem a sociedade anónima e a alteração dos estatutos, que serão agora enviados ao regulador", disse à agência Lusa a mesma fonte oficial.
Em novembro foi realizada uma reunião magna sobre este tema, tendo então sido aprovada na globalidade a alteração de estatutos relativa à "aceitação da transformação imposta nos termos legais da Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, em sociedade anónima”.
Contudo, os trabalhos não foram concluídos e ficaram suspensos para “serem reconsideradas algumas matérias em função de recomendações ou decisões que resultarem de comunicação dos supervisores", disse então a instituição em comunicado à CMVM.
Atualmente, o banco mutualista é totalmente detido pela Associação Mutualista Montepio Geral e a alteração de estatutos é feita numa altura em que poderá ter de aumentar o capital para fazer face às novas exigências dos reguladores bancários, nomeadamente do Banco de Portugal.
A Caixa Económica Montepio Geral é a principal empresa do Grupo Montepio, tendo apresentado até setembro um prejuízo de 67,5 milhões de euros, um resultado que compara com perdas de 59,5 milhões de euros em igual período de 2015.
O banco está num processo de reorganização e redução de custos e, em outubro, pediu ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação, estando prevista uma nova diminuição de trabalhadores nos próximos meses, que poderá mesmo superar os 100.
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