Esta informação consta das atas da última reunião do FOMC, divulgadas hoje.
Os membros da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos permaneceram confiantes quanto à economia norte-americana, apesar de alguns considerarem que seria “prudente” confirmar que a diminuição do ritmo de crescimento no primeiro trimestre "foi provisória”.
Vários outros continuam a aguardar “clarificações” sobre os projetos económicos da Casa Branca e a inquietar-se com os riscos para a estabilidade financeira de uma redução da regulação financeira.
Durante uma reunião em 2 e 3 de maio, a Fed deixou as taxas inalteradas, marcando uma pausa na lenta normalização da política monetária, devido designadamente aquela diminuição “temporária” da atividade e de uma ligeira descida da taxa de inflação.
A próxima reunião está marfada para 13 e 14 de junho.
Uma maioria de analistas espera que nesta ocasião a Fed decida uma nova subida da taxa de juro de referência em um quarto de ponto percentual (0,25%).
“A maior parte dos participantes julgam que se as informações económicas se apresentarem como previsto, será apropriado dar um passo suplementar na normalização da política monetária”, escreveu-se no relatório da reunião.
Mas vários participantes consideraram também que “uma clarificação das perspetivas orçamentais” da nova administração da Casa Branca “eliminaria uma fonte de incerteza”.
Durante a reunião, os membros do FOMC expressaram a intenção de começar a reduzir “este ano” os ativos acumulados no balanço do banco central, devido à sua política excecional de apoio à economia.
“Quase todos os participantes indicaram que se a economia (…) evoluir como previsto, será provavelmente apropriado começar a reduzir os títulos detidos pela Fed”, indicou-se nas minutas.
O balanço da Fed aumentou em cerca de 4,5 biliões (milhão de milhões) de dólares (4,0 biliões de euros) em Obrigações do Tesouro e obrigações suportadas por créditos hipotecários, no seguimento das ações de suporte à economia em resposta à crise financeira de 2008.
A Fed indicou que vai deixar progressivamente de reinvestir o produto dos títulos que chegarem à maturidade (que sejam reembolsados) e analisar o processo na reunião do FOMC de junho.
Este desinvestimento progressivo vai encerrar um capítulo da política designada em Inglês “Quantitative Easing” (facilitação quantitativa, que significa a injeção de dinheiro pelo banco central na economia, designadamente através da compra de títulos de dívida), conduzida pela Fed entre 2010 e 2014.
Os economistas entendem que esta decisão equivale a uma subida das taxas de juro.
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