António Costa, ladeado da ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, e do secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, recebeu hoje, em São Bento, o presidente da Fundação La Caixa, Isidro Fainé, mas também o presidente honorário do BPI, Artur Santos Silva, o futuro presidente executivo do BPI, Pablo Forero, e o ainda presidente executivo do BPI – que passará a presidente não executivo (‘chairman’) – Fernando Ulrich.
“Fruto da nossa aliança com o BPI, Portugal será o epicentro do nosso compromisso social”, afirmou Isidro Fainé, acrescentando que a Fundação La Caixa “vai dedicar 50 milhões à ação social em Portugal”.
O investimento na área social será feito em programas ligados à inserção no mercado de trabalho de pessoas em exclusão social (o ‘Incorpora’), mas também de apoio aos idosos (com atividades de desenvolvimento ativo) e de oferta de cuidados paliativos.
Artur Santos Silva, que é presidente honorário do BPI, mas que também representará a Fundação La Caixa em Portugal, acrescentou que o investimento de 50 milhões de euros será feito anualmente e, além da área social, prevê também apoiar o acesso ao microcrédito, o desenvolvimento da ciência, da inovação e área cultural.
Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, destacou “o investimento tão importante que o CaixaBank fez no BPI ao longo do último ano, ultrapassando o impasse acionista e dotando o banco dos capitais necessários para ser um pilar importante do sistema financeiro e ao serviço da economia” portuguesa.
Além disso, o chefe do Governo congratulou-se pelo facto de “o compromisso com o país não se ter limitado ao investimento no setor financeiro, mas por ter trazido a Fundação La Caixa (maior fundação privada da Europa continental) para Portugal”.
António Costa sublinhou ainda o facto de a Fundação La Caixa “vir apoiar a cultura, a ciência, o desenvolvimento regional, mas numa área de central importância: o combate as desigualdades e o desenvolvimento da coesão social” em Portugal.
O primeiro-ministro destacou ainda o “esforço muito grande” que a Fundação La Caixa terá de fazer para, “numa velocidade de cruzeiro poder distribuir 50 milhões por ano em Portugal”.
E resumiu: “É um dia para mim particularmente feliz que, depois de um ano e meio de trabalho em conjunto, temos não só um problema financeiro resolvido, mas sobretudo uma enorme oportunidade para a redução das desigualdades”.
Artur Santos Silva, que ficará responsável pela implementação dos programas de ação social da Fundação La Caixa em Portugal, disse que terá de ser delineado ainda um plano de investimento, mas insistiu na “velocidade de cruzeiro” para o investimento de 50 milhões de euros em Portugal.
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