O Governo assinou contratos com a Euroteste e com a Consulai, no âmbito do Observatório de Preços, para obter informações sobre os preços para o consumidor, bem como a metodologia de análise da cadeia de valor.
“Porquê entidades privadas? Estamos a adotar o mesmo modelo que outros Estados adotaram, como os nossos vizinhos espanhóis, que recorreram a atividades privadas isentas, com recursos e ‘know-how’ [conhecimento] para o fazer de forma mais eficiente”, afirmou Gonçalo Rodrigues, em resposta aos deputados na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas.
Para o governante, é “perfeitamente justificável” utilizar os fundos disponíveis para desenvolver um relatório “muito mais musculado”, em vez de recorrer a pessoas “que não têm esta experiência de anos”.
Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura precisou, em comunicado, que os contratos foram assinados com a Euroteste – Marketing e Opinião, para a compra de serviços de informação e acompanhamento dos preços pagos pelos consumidores, que incluem a recolha semanal, entre 2023 e 2024, e o histórico de informação relativamente aos anos 2019, 2020, 2021 e 2022, e com a Consulai – Consultoria Agro-Industrial.
Este último para a aquisição de uma metodologia de análise das fileiras, que permita identificar pontos críticos para a recolha de informação sobre os custos da atividade, bem como a “caracterização das componentes da formação do preço e margens líquidas”.
Citada no mesmo comunicado, a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, defendeu que este procedimento vem reforçar “os mecanismos de transparência e contribui para um acompanhamento eficaz dos preços, da primeira venda ao preço efetivo pago pelo consumidor”.
O jornal ‘online’ ECO noticiou no mesmo dia que, no âmbito destes contratos, o Estado vai pagar 230.000 euros à Euroteste e 53.700 euros à consultora agroindustrial.
O Observatório de Preços “Nacional é Sustentável” tem por objetivo acompanhar os custos e preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar.
Comentários