Maria Manuel Leitão Marques foi questionada pelos jornalistas na conferência de imprensa final do Conselho de Ministros sobre se havia alguma coincidência entre o ano das eleições legislativas (2019) e aquele em que haverá maiores reembolsos de IRS, de acordo com as simulações das consultoras feitas às tabelas de retenção na fonte.
"Nunca sabemos quando é que vamos ter eleições, portanto começo logo por aí, mas toda a reposição de rendimentos tem sido faseada ao longo da legislatura", afirmou.
De acordo com a ministra da Presidência, "foi essa a promessa" feita pelo Governo e é isso que tem sido feito.
"É natural que uma parte calhe no último ano da legislatura e é natural, como aconteceu, que outra parte calhe no primeiro ano da legislatura", recordou.
As tabelas de retenção na fonte trazem um alívio mensal para os contribuintes já este mês, mas as taxas não refletem a descida total do IRS, o que deverá traduzir-se num aumento dos reembolsos em 2019, segundo a Deloitte.
Segundo as simulações feitas pela consultora Deloitte para a agência Lusa, com as novas tabelas, publicadas em Diário da República na terça-feira à noite, haverá uma "redução na retenção na fonte menor do que a redução das taxas finais de IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares]".
Ou seja, segundo explicou Aline Almeida, da Deloitte, "os contribuintes vão pagar menos IRS todos os meses" em 2018 do que pagaram no ano passado, mas o desagravamento fiscal será mais sentido quando entregarem a declaração de rendimentos em 2019 e for feito o acerto.
Maria Manuel Leitão Marques foi ainda interrogada sobre a contestação dos autarcas dos municípios nos quais os CTT decidiram fechar lojas e postos de atendimento.
"Essa questão não foi discutida no Conselho de Ministros. Os CTT são uma empresa privada, como é sabido e, portanto, não foi uma questão abordada no Conselho de Ministros de hoje", assegurou.
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