Esta posição foi transmitida através de carta, à qual a agência Lusa teve acesso, depois de o presidente desta comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, ter acusado o socialista Luís Testa de ter violado o dever de sigilo e de desprestigiar a imagem do parlamento, ao estar, supostamente, envolvido na divulgação de notícias sobre as conclusões preliminares da comissão.
No entanto, o deputado do PS, eleito pelo círculo de Portalegre, respondeu ao ex-ministro social-democrata, dizendo também ter sido apanhado de surpresa pela divulgação de notícias.
"A surpresa manifestada por V.Exa não se distância da minha, uma vez que nunca fiz qualquer declaração à imprensa sobre a proposta que lhe enviei e, muito menos, a transmiti, nem ninguém sob minha orientação o fez, a qualquer órgão de comunicação social, como tenho a certeza de que ninguém com quem tenha falado sobre a proposta de relatório o tenha feito", defende-se Luís Testa.
Luís Testa refere ainda que não pode asseverar que "trechos evidenciados pela comunicação Social correspondam, em parte, ou na sua totalidade, à peça que lhe enviei".
"Em momento algum falei, opinei, ou comentei o quer que seja, com quem não faça parte desta comissão. Resta dizer que as publicações a que se refere não são as conclusões do relatório, nem sequer podem ser tidas como as formuladas na proposta de relatório da qual sou o autor", sustenta ainda o deputado do PS.
Na carta, Luís Testa reforça que não pode ser associado a si qualquer desprestígio do parlamento enquanto instituição.
"Quanto ao mais, também repudio", acrescenta Luís Testa, numa alusão às recentes notícias publicadas sobre a comissão de inquérito.
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