Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Corticeira Amorim adianta que o Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral de acionistas, agendada para 03 de dezembro, a distribuição de um dividendo adicional de 0,085 euros por ação.
Até setembro, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) aumentou 2,9%, atingindo os 108,4 milhões de euros, tendo o rácio EBITDA/vendas recuado de 19,8% para 18,6% face ao período homólogo.
Esta evolução é justificada “essencialmente pela pressão sobre a margem bruta causada pelo aumento de preços da matéria-prima”, compensada por “ganhos de eficiência operacional, associados a um rigoroso controlo dos custos e a uma redução das imparidades”.
“Tendo em conta a evolução dos preços das matérias-primas consumidas na produção, será expectável que esta tendência de diminuição se mantenha até ao final do ano”, acrescenta a corticeira.
Segundo a empresa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, de janeiro a setembro todas as unidades de negócios (UN) registaram crescimento de vendas, com a exceção da UN Revestimentos, destacando-se a ‘performance’ da UN Aglomerados Compósitos, “que conseguiu inverter o decréscimo de vendas registado no primeiro semestre”.
Em termos acumulados, a UN Rolhas apresentou um crescimento das vendas de 12,8%, a UN Matérias-Primas de 15,2%, a UN Isolamentos de 8,9% e a UN Aglomerados Compósitos de 3,8%.
A Corticeira Amorim ressalva que no terceiro trimestre já não existiu o impacto da variação de perímetro decorrente da aquisição do Grupo Bourrassé, cuja atividade passou a ser consolidada nas contas da empresa a partir de 30 de junho de 2017.
Considerando os nove meses, refere, “a variação de perímetro mais que compensou o impacto da desvalorização do dólar”, sendo que, se se excluíssem estes dois efeitos, as vendas teriam crescido 4,9%.
No terceiro trimestre, o impacto da desvalorização cambial do dólar foi “quase nulo”, ao contrário do que aconteceu no primeiro semestre, cujo efeito tinha influenciado desfavoravelmente as vendas e a rentabilidade da Corticeira Amorim.
No final de setembro, a dívida remunerada líquida da Corticeira Amorim ascendia a 104,7 milhões de euros (contra 92,8 milhões de euros no final de 2017), tendo os encargos financeiros totais registado “um ligeiro acréscimo resultante do aumento do endividamento médio, que se deveu essencialmente às aquisições realizadas recentemente (Bourassé, Sodiliège e Elfverson) e a um acréscimo do investimento em CAPEX e fundo de maneio”.
A autonomia financeira atingiu os 51%, o que compara com 53% no final de 2017.
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