As trabalhadoras vão estar em greve às horas extraordinárias até 28 de abril, às segundas e sextas-feiras.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comercio Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores (SITACEHT/AÇORES), para além da progressão das manipuladoras na carreira profissional, pretende-se assegurar a “dignificação e valorização do trabalho, a conciliação da vida profissional com a pessoal e familiar”, bem como o “aumento do subsídio de alimentação e das diuturnidades e aumentos salariais justos”.
Na categoria de manipuladora, a estrutura sindical sugere que seja dividida “em, pelo menos, três níveis, para que as trabalhadoras beneficiem de distinção e aumentos salariais, uma vez que os únicos aumentos que estas trabalhadoras têm são os decorrentes do aumento da retribuição mínima regional”.
Ainda de acordo com o sindicato, a administração da Cofaco “não aceita esta pretensão da dignificação profissional das trabalhadoras, pelo que não resta outra alternativa às trabalhadoras e ao SITACEHT/AÇORES que não seja avançar” para a greve.
A agência Lusa contactou a Cofaco para obter uma reação da administração, mas não foi possível em tempo útil ter a posição da conserveira.
Em 19 de outubro, cerca de 60 trabalhadoras da conserveira Cofaco manifestaram-se à porta da empresa exigindo “a progressão na carreira profissional de manipuladora”, um Acordo de Empresa e “salários justos”.
De acordo com fonte do SITACEHT/AÇORES, está prevista para este mês uma reunião com a administração da Cofaco, que possui atualmente uma unidade de transformação na vila de Rabo de Peixe, tendo, entretanto, desmantelado a unidade que tinha na ilha do Pico.
A Cofaco é detentora das marcas Bom Petisco, Tenório e Piteu.
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