“Portugal comprometeu-se junto da NATO e da União Europeia (UE) a reforçar o investimento na Defesa num movimento de adesão aos novos e exigentes desafios representados pelos avanços dramáticos ao nível da defesa europeia, e digo dramáticos no sentido naturalmente positivo”, disse Azeredo Lopes sublinhando os projetos que vão ser aprovados a nível europeu.
O ministro da Defesa recordou que recentemente a UE aprovou um pacote de 17 projetos multinacionais e que Portugal, na fase inicial, assumiu um compromisso de participação em pelo menos seis.
“A OGMA tem de pensar se porventura não tem um interesse estratégico fundamental em pensar na eventual projeção da empresa através da participação num projeto. Já agora se quiserem um ‘roadmap’ — a partir do terceiro de 2019 haverá novos projetos a serem apreciados pela União Europeia”, disse Azeredo Lopes.
Segundo o ministro tratam-se de oportunidades de investimento e de desenvolvimento tecnológico que a Europa nunca conheceu no plano da Defesa durante as últimas décadas.
“A Defesa é capaz de contribuir de forma muito relevante para o crescimento económico do nosso tecido empresarial. A Defesa Nacional gera valor, sobretudo no atual contexto que vivemos no continente”, disse Azeredo Lopes, sem especificar.
O ministro referiu-se também envolvimento da OGMA no processo de modernização dos (aparelhos) F16 e dos C130, na manutenção dos C130 e dos P3 da Força Aérea Portuguesa e de outros países.
Azeredo Lopes referiu-se também ao compromisso representado pelo Estado Português no reforço da capacidade do transporte aero tático e estratégico nacional e na concretização da aeronave KC390.
“Um grande contributo português ao nível da conceção, engenharia e produção e cujo sucesso negocial com vista à respetiva aquisição está a decorrer serenamente entre Portugal e a Embraer”, disse.
Na conferência em que participam empresários, militares, economistas e autarcas, entre outros, o presidente do Conselho de Administração da OGMA, Marco Tulio Pellegrini falou dos 100 anos da empresa que emprega atualmente cerca de 1.900 trabalhadores e disse que a indústria aeronáutica é uma área que permite crescimento.
“A indústria da aviação civil deve crescer 40%, na Europa, nos próximos anos 15 anos e é sem dúvida uma oportunidade para explorarmos o negócio e esse é o principal objetivo do nosso encontro de hoje”, disse Marco Pellegrini.
A conferência decorre nas instalações da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., em Alverca, Vila Franca de Xira, e vai contar ainda com a participação do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
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