“À espera de saber qual a solução que o Governo vai apresentar” para a privatização da empresa, Luís Montenegro salientou ser “daqueles que pensou sempre o mesmo” e que há mais de dez anos defende “a privatização integral do capital da companhia aérea portuguesa”.
Acusou António Costa de “mudar de opinião consoante os anos e as circunstâncias”, lembrando que o primeiro-ministro “já foi contra a privatização, nacionalizou primeiro uma parte do capital, depois a totalidade do capital, depois pôs a hipótese de privatizar uma parte e agora põe a hipótese de privatizar tudo”.
“Anda aos ziguezagues para a frente e para trás”, lamentou o presidente social-democrata.
Um posicionamento que levou Luís Montenegro a acusar o chefe do executivo de ter cometido “um crime político e económico ao ter andado a brincar com o capital da TAP, ao obrigar os contribuintes portugueses a injetar mais de três mil milhões de euros na companhia”.
Lamentando a “falta de transparência do Governo” para responder às questões sobre a privatização da companhia aérea, o líder do PSD assegurou que, mesmo desconhecendo “qual é solução final, qual é o caderno de encargos, quais serão os critérios que o Governo apresentará para poder privatizar parte ou a totalidade do capital”, o partido é favorável à privatização.
Para Montenegro, isso mesmo podia já ter acontecido na sequência do processo que se iniciou em 2015, "não fora esta irresponsabilidade, este crime político que António Costa e o PS cometeram e que infelizmente teve um custo de mais de três mil milhões de euros”.
Agora, acrescenta, “o desejável é que o Estado possa recuperar todo o montante da injeção de capital que fez”, apesar de admitir “ter muitas dúvidas” que isso venha a acontecer.
Luís Montenegro falava no Entroncamento, onde hoje visitou a estação do caminho de ferro, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, dedicada ao distrito de Santarém.
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