Nas projeções, a organização mantém o crescimento económico para 2017 em 3,6% - a mesma percentagem divulgada em junho passado - e aumenta a estimativa para 2018, de 3,6% para 3,7%.
A economista-chefe da organização, Catherine Mann, no relatório semestral de estimativas da OCDE, reconhece os "sinais positivos", como a recuperação do investimento das empresas, mas diz não serem suficientemente firmes para o efeito positivo se prolongar durante 2019, quando a economia deverá desacelerar (3,6%).
"Os governos têm de pôr em marcha mudanças políticas mais profundas para canalizar investimento, produtividade e os aumentos salariais para conseguir alcançar um crescimento mais inclusivo", disse Catherine Mann, citada pela agência Efe.
A OCDE diz também que, apesar do crescimento económico, ainda não foram alcançados os níveis de rendimento por pessoa (per capita) registados antes do início da crise, em 2008.
As maiores subidas nas projeções, face às divulgadas no verão, são novamente as da zona do euro, de 2,4% em 2017, três décimos mais do que em junho, e de 2,1% em 2018, dois décimos mais.
As perspetivas para os Estados Unidos registam uma ligeira melhora (2,2% em 2017 e 2,5% em 2018), as do Reino Unido confirmam a tendência de queda deste ano - um décimo mais, até 1,5% - e um leve aumento de dois décimos em 2018, até 1,2%, graças ao impacto positivo resultante do período de transição acordado entre Londres e Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia.
A China também melhora as estimativas com um aumento do PIB em 2017 de 6,8% - dois décimos mais - e 6,6% em 2018 - também dois décimos acima - graças à força do setor de serviços e a algumas indústrias estratégicas.
O endividamento no setor privado e nas famílias gera preocupação na OCDE, especialmente em países como a China.
A OCDE, fundada em 1961 e com sede em Paris, reúne 35 países membros de todo o mundo, incluindo nações desenvolvidas e nações emergentes como o México, Chile e Turquia.
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